Asus e Nvidia anunciam Transformer Pad até o final do ano no Brasil

Em uma parceria com a fabricante de processadores Nvidia, a Asus anunciou nesta terça-feira, 18, em São Paulo, o lançamento do tablet Transformer Pad TF300G no Brasil. A grande aposta das empresas para concorrer com o iPad é a combinação com teclado removível, que o transforma em uma espécie de netbook. O aparelho, ainda sem preço definido, deverá chegar ao País em meados de novembro, a tempo da época de compras para o Natal.

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Segundo o gerente de marketing para o Brasil da Asus Güido Alves, o Transformer Pad é uma espécie de híbrido para unir produtividade e entretenimento. "O teclado e o tablet foram desenvolvidos em conjunto, não é um acessório ou gambiarra", afirma, comparando-o com soluções Bluetooth disponíveis para outros aparelhos, como o iPad. Juntas, as duas partes do produto deixam uma aparência de netbook, mas o teclado (chamado de Pad Station) traz alguns adicionais, como bateria capaz de dar 5 horas extras de energia, entrada para cartão SD, duas portas USB, touchpad e teclas em formato chiclete.

Sem o Pad Station, a bateria do Transformer dura 10 horas e as entradas se resumem a uma microSD e uma porta micro-D HDMI. De acordo com Alves, o dispositivo da Asus é o primeiro tablet com processador quad-core a chegar ao País. Ele utiliza a plataforma Tegra 3, da Nvidia, de 1,2 GHz, que a fabricante afirma ter performance melhor do que um chip core 2 duo para computadores desktop. Com isso, é capaz de exibir vídeos em 1080p e em 3D estereoscópico quando conectado a uma TV ou monitor compatível e em 1.280 x 800 pixels na própria tela LED de 10,1 polegadas.

A versão do Android no lançamento será o 4.0 (Ice Cream Sandwich), mas ele receberá a atualização para o 4.1 Jellybean "assim que possível". O Transformer Pad terá ainda conectividade com Wi-Fi 802.11 b/g/n, Blueooth 3.0 e 3G com compatibilidade com a rede HSPA+. A capacidade interna é de 16 GB, expansíveis para até mais 32 GB via cartão microSD, RAM de 1 GB, câmera de 8 megapixels traseira e dianteira de 1,2 megapixels.

O lançamento no Brasil será em novembro, mas ele virá importado e, dessa forma, não poderá se beneficiar da Lei do Bem para desoneração na fabricação nacional e redução do custo final para o consumidor. Nos Estados Unidos, o modelo de 16 GB custa US$ 349 para apenas o tablet, adicionando US$ 149 para levar também o teclado.

Competição

O diretor de mobilidade da Nvidia para as Américas, Doug Stoakley, disse que o aparelho é parte da estratégia da empresa em tentar proporcionar tablets Android com menor custo e maior desempenho, otimizando tecnologias e processos de montagem. Mas ainda é uma das etapas próximas que deverão trazer performance mais agressiva. "Nossa próxima geração vai oferecer uma CPU com ainda mais potência, a mudança será dramática", afirma. A companhia alega ter cerca de 70% do mercado de handsets com o sistema operacional do Google no mundo, mas aposta forte também no Windows 8 – um das opções de processadores que equiparão o Surface, da Microsoft, será o Tegra.

Ele diz que chegar a esse ponto foi uma mudança de paradigma para a empresa. "É muito difícil migrar de um mercado de computação para um ecossistema de comunicações e competir com Qualcomm e Texas Instruments", afirma Stoakley. "O sucesso da Apple no mercado mudou a sensibilidade das pessoas sobre o que é importante, e foi uma grande mudança. Aprendemos muito também com as outras versões do Tegra", confessa. No entanto, o executivo da Nvidia não poupou críticas sobre o tablet Kindle Fire HD, da Amazon. "Quando a imprensa o pegou para testar, viram que não era uma grande melhoria em relação ao modelo anterior, era truncado. Além disso, é um sistema extremamente controlado da Amazon."

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