Brasileiros têm preocupações em fornecer dados biométricos, aponta pesquisa do CGI.br

Foto: ar130405/Pixabay

Dados divulgados pela pesquisa "Privacidade e proteção de dados pessoais: perspectivas de indivíduos, empresas e organizações públicas no Brasil", lançada pelo CGI.Br nesta quinta-feira, 18, mostram que o fornecimento de informações sensíveis, como dados biométricos, é a maior preocupação que os usuários da Internet no Brasil têm.

A pesquisa mostra que 41% desses internautas ficam muito preocupados em fornecer esse tipo de dado para empresas ou órgãos públicos; 24% se sentem preocupados e 15% pouco preocupados.

O segundo dado sensível que mais preocupa os usuários da Internet, segundo a pesquisa, é o relacionado à saúde, como doença, prontuário médico e resultado de exame. Sobre o fornecimento desses dados, 29% dos entrevistados se sentem muito preocupados em fornecê-los, 23% preocupados, 22% pouco preocupados e 18% nada preocupados em fornecê-los.

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A pesquisa identificou que pretos (35%) e pardos (32%) se mostraram preocupados ou muito preocupados em proporções maiores do que brancos (26%) com o fornecimento de informações pessoais relativas à cor ou raça. O mesmo acontece quando o assunto é a utilização que as empresas fazem de seus dados pessoais. Usuários autodeclarados pretos (52%) e pardos (49%) disseram ficar muito preocupados, enquanto entre os usuários brancos a proporção foi 43%.

Mais preocupações

De maneira geral, no Brasil, a pesquisa mostra que 42% dos usuários de Internet de 16 anos ou mais relataram ficar "muito preocupados" e outros 25% afirmaram ficar "preocupados" com a captura e o tratamento de seus dados pessoais durante compras em websites e com aplicativos.

Dentre as atividades online que mais provocou preocupação quanto ao registro e ao tratamento de dados pessoais está o acesso a páginas e aplicativos de bancos, com 35% estando muito preocupados e 24% preocupados. Já no uso de apps de relacionamento 22% se mostraram muito preocupados e 12% preocupados. A despeito de ser a atividade que menos usuários de Internet indicaram realizar, esta foi a terceira na qual há maior proporção de "preocupados" ou "muito preocupados", considerando somente aqueles que realizam as atividades analisadas pela pesquisa.

"Os resultados indicam que os usuários de Internet têm maior percepção de risco no ambiente digital quando realizam transações financeiras. Mas também é relevante a preocupação com o tratamento de seus dados em outras atividades online, como o uso de aplicativos de relacionamento, até então pouco explorado em outros estudos, assim como o uso de redes sociais, um dos tipos de plataforma em que os brasileiros estão mais presentes", afirma Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br.

A preocupação em relação à privacidade também afeta outros comportamentos no ambiente online: por conta dela, 77% dos usuários da rede de 16 anos ou mais já desinstalaram aplicativos motivados por preocupações com o uso de seus dados pessoais, 69% deixaram de visitar algum website, 56% deixaram de utilizar algum serviço ou plataforma na rede e 45% deixaram de comprar algum equipamento eletrônico.

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