"Para ser relevante é preciso ter volume. Um novo serviço precisa ser de massa". Essa é a opinião de Virgilio Amaral, da Telefônica/TVA, sobre o lançamento de VOD e de serviços como o TV Everywhere, através do qual o assinante de TV paga pode assistir ao conteúdo que assina a partir de qualquer dispositivo. Amaral participou de um painel no congresso TV 2.0, que acontece nesta sexta-feira, 18, em São Paulo.
O executivo exemplificou sua teoria com o caso do serviço de IPTV sobre fibra da Telefônica, que tinha cerca de 400 filmes on demand, e foi oferecido sem custo a cerca de mil assinantes. "De mil usuários, apenas 10% consumiram o serviço, pois achavam que seria cobrado posteriormente e que seria muito caro", lembra.
Ele disse ainda que nem mesmo o pay-per-view, formato consagrado na TV paga, conseguiu chegar a este volume de vendas. "O pay-per-view é deficitário. Por mais promoção que se faça, o usuário não compra", disse.
O executivo da Telefônica/TVA lembrou ainda durante sua apresentação que o número de devices conectados aumentará ao longo dos anos e que as pessoas estão acostumadas a consumir conteúdo gratuito na web. Ele apresentou uma pesquisa de 2008 da Strategy Analytics, que mostra que os vídeos Premium nos Estados Unidos e na Europa são consumidos principalmente de forma gratuita. A pesquisa aponta que 46% são vistos via web TV gratuitas, 25% por download peer-to-peer, 18% por locação online e 14% por download to own.
