Para GSMA, decisão da Anatel sobre 2,5 GHz atrairá novos investimentos

A GSM Association (GSMA), entidade que congrega indústrias produtoras de equipamentos móveis de telefonia em mais de 200 países, emitiu nota nesta terça-feira, 17, elogiando a decisão da Anatel de realocar a faixa de 2,5 GHz/2,6 GHz privilegiando o uso dessa fatia do espectro pelas operadoras de telefonia móvel. Para a organização, a mudança permitirá que o Brasil atraia novos investimentos e beneficie-se de ganhos de escala proporcionados pela venda de equipamentos utilizados em outros países do mundo.
"Estamos muito satisfeitos pelo fato de a Anatel ter tomado a decisão de realocar a banda de espectro 2,6 GHz para apoiar a provisão dos serviços de banda larga móvel de próxima geração por todo o Brasil", afirma Tom Phillips, executivo-chefe de Assuntos Governamentais e Regulatórios da GSMA na nota. A referência à banda de 2,6 GHz – e não à de 2,5 GHz, como é mais comum no Brasil – se dá pelo fato de, na Europa, as empresas terem iniciado o uso das tecnologias de quarta geração (4G) nas frequências mais altas da faixa redestinada pela Anatel.
A associação destaca que a nova destinação feita pela agência reguladora brasileira segue as recomendações da União Internacional de Telecomunicações (UIT) de que essa faixa seja usada para serviços de banda larga móvel. Phillips afirma ainda esperar que outros países sigam a mesma trilha do Brasil, ampliando a padronização do uso dessas frequências para o 4G. "Outros países como México, Nigéria, Arábia Saudita e África do Sul poderiam ser beneficiados por regulamentações similares, onde o espectro existente fosse realocado de forma inteligente para a implementação da banda larga móvel como parte da harmonização global do espectro, levando benefícios sócio-econômicos expandidos para os governos e os consumidores e gerando receita adicional para as operadoras", afirma.

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Atualmente, a escolha da faixa de 2,5 GHz/2,6 GHz como trampolim para a quarta geração está concentrada nos países europeus. Os Estados Unidos optaram por usar a faixa de 700 MHz, enquanto países da Ásia como Índia e China têm privilegiado as bandas em 2,3 GHz, ambas frequências destinadas à radiodifusão no Brasil. Para a GSMA, o mais importante é que a Anatel apresentou um caminho claro para que as operadoras móveis que atuam no Brasil possam traçar seus planos de negócio para o 4G.
Na nota, a associação frisa que a mudança permite às operadoras a implementação imediata do LTE, "caso adquiram uma operadora de MMDS que atualmente detém licenças do espectro". Essa margem para a atualização rápida dos sistemas para LTE é considerada um trunfo para as operadoras no Brasil e pode assegurar a capacidade necessária de transmissão de dados para atender o aumento da demanda que ocorrerá nos próximos anos, com a realização da Copa do Mundo no Brasil e dos Jogos Olímpicos, em 2014 e 2016 respectivamente. O LTE é considerado uma tecnologia da família GSM, daí o posicionamento favorável da associação a esta escolha tecnológica pelas operadoras móveis.

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