Vivo antecipa meta de redução de emissões e amplia objetivos ESG

Christian Gebara, da Vivo. Foto: Vagner Medeiros

A Vivo anunciou nesta segunda-feira, 17, uma antecipação de metas de emissões líquidas de carbono e novos objetivos para coleta de resíduos eletrônicos e diversidade racial e de gênero na força de trabalho, como parte da estratégia de governança ambiental, social e corporativa (ESG) da companhia.

Os novos objetivos foram anunciados pelo CEO da Vivo, Christian Gebara, em evento realizado em São Paulo. No caso da meta sobre emissões de gases do efeito estufa, a empresa antecipou em cinco anos – de 2040 para 2035 – a pretensão de se tornar "net zero" em toda a cadeia de valor

"Isso nos coloca muito à frente da grande maioria das empresas, cujos objetivos chegam até 2050", afirmou Gebara – notando que a nova meta deve envolver diretamente os fornecedores da companhia, responsáveis por 74% das emissões na cadeia de valor da tele.

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A Vivo conta com 1,2 mil fornecedores, dos quais 125 são objeto de um trabalho detalhado para redução da pegada de carbono no chamado escopo 3 (emissões indiretas), lembra Gebara. Nos escopo 1 (emissões próprias) e escopo 2 (emissões indiretas da geração de energia), a empresa já comemora avanços.

"A empresa saiu de 264 mil toneladas [de emissões próprias de gases de efeito estufa], em 2015, para 25,5 mil toneladas, em 2023, mesmo com a expansão de sua rede e clientes", afirma a tele, em comunicado.

Como parte da nova meta, a Vivo deverá atingir 90% de redução de emissões em toda a cadeia de valor até 2035 considerando os três escopos. Os 10% de emissões remanescentes serão neutralizadas por meio do investimento, principalmente, em projetos de restauração de florestas em diferentes biomas neste mesmo período.

"A transformação de nossa cadeia de fornecedores para o net zero é nosso grande desafio atual e oportunidade de fazer a diferença pelo planeta. Iniciamos, há dois anos, uma importante jornada junto aos nossos 125 fornecedores carbono intensivos, que respondem por cerca de 85% das emissões da nossa cadeia de suprimentos e agora miramos novos desafios", reiterou o vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Vivo.

Coleta de resíduos

Outra meta ambiental anunciada pela Vivo trata da coleta de resíduos eletrônicos, para logística reversa adequada. Nos doze anos entre 2024 e 2035, a empresa pretende chegar a 225 toneladas de materiais coletados, como celulares, tablets, notebooks, baterias e pilhas.

A marca significaria ampliação de 150% diante do volume de resíduos coletados pela companhia nos últimos 17 anos: entre 2006 e 2023, a Vivo recolheu 150 toneladas de resíduos eletrônicos.

"A grande maioria são produtos que não foram vendidos pela Vivo, mas também nos sentimos responsáveis", afirmou Christian Gebara. A tele tem 1,8 mil pontos de coleta de eletrônicos espalhados pelo País.

Diversidade

No campo da promoção da equidade de gênero, a empresa pretende ampliar para 40% o número de mulheres em posições diretivas e para 45% aquelas em posições de liderança, também até 2035. Hoje as parciais de mulheres nas funções são de 32% e 37%, na ordem.

Já no pilar de raça, a meta da Vivo é chegar a 40% pessoas negras em cargos de liderança, com 45% de negros no quadro de colaboradores. Hoje, 42% de colaboradores da Vivo são negros, sendo que 33% estão em cargos de liderança.

"Superamos nossa meta para 2024 que era de 40% de colaboradores negros e 30% para negros em cargos de liderança", destacou a vice-presidente de Pessoas da Vivo, Niva Ribeiro, em comunicado. Vale notar que este último indicador foi inclusive uma das metas de emissão de debêntures ESG realizada pela empresa em 2022.

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