TIC Governo Eletrônico: 94% das prefeituras possuem conexão de fibra

A pesquisa TIC Governo Eletrônico 2023, lançada nesta segunda-feira, 17, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), mostra que 94% das prefeituras brasileiras possuem conexão por meio de fibra óptica. A pesquisa ouviu 677 órgãos federais e estaduais e 4.265 Prefeituras.

Essa já é a realidade em quase todas as regiões brasileiras, exceto na região Norte – onde o número está um pouco abaixo, na casa dos 80%, disse Manuella Ribeiro, coordenadora da pesquisa TIC Governo Eletrônico. "O cenário mudou bastante. Hoje, a fibra óptica é a forma de conexão mais usada nesses órgãos municipais. Já nos órgãos federais, podemos afirmar que a fibra está em quase todos", disse Ribeiro.

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Fibra nas prefeituras%
Brasil94%
Norte87%
Nordeste93%
Sudeste95%
Sul97%
Centro-Oeste96%

 

Segundo Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br, entidade que realiza o estudo, a atuação dos pequenos e médio provedores foi o que aumentou este número.

"Os PPPs são responsáveis pela conexão de diversos órgãos, especialmente das prefeituras", afirmou ele. Segundo dados da Anatel, os pequenos e médios provedores correspondem a mais de 52% das conexões de banda larga fixa no Brasil.

Wi-Fi público

O estudo lançado pelo CGI.br também mostrou que mais da metade das prefeituras disponibilizou conexão Wi-Fi gratuita em áreas públicas dos municípios, como praças e parques, passando de 48% em 2021 para 54% em 2023.

Segundo a pesquisa, esse tipo de iniciativa foi mais frequente nas capitais, onde alcançou o número de 79%; em 66% cidades de 100 mil até 500 mil habitantes; e em 80% das que possuem mais de 500 mil moradores.

Já a disponibilidade de centros públicos de acesso gratuito, como telecentros, que no passado foram importantes espaços de acesso à rede, vem apresentando queda. Em 2015, quando o indicador foi medido pela primeira vez, esse espaço era disponibilizado por 72% das prefeituras. Em 2023, foi mencionado por menos de metade das prefeituras no País (45%).

Serviços on line

Em 2023, 91% das prefeituras brasileiras disponibilizaram ao menos um serviço online aos cidadãos, segundo a nova edição da TIC Governo Eletrônico. Dez anos antes, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez, a proporção era de 75%, indicando que, ao longo de uma década, houve avanço significativo no processo de digitalização dos serviços públicos no nível municipal, explica o CGI.br.

O levantamento mostrou ainda que, entre as prefeituras com website, o que corresponde a 92% do total, o serviço "realizar agendamentos para consultas, atendimentos, entre outros" foi o menos mencionado em 33% delas.

"Fazer download de documentos ou formulários" foi o mais citado, sendo ofertado por 89%, um crescimento de 20 pontos percentuais na comparação com 2013. Em segundo lugar, apareceu a emissão de nota fiscal eletrônica, sendo 83% em 2023 contra 38% em 2013, seguido pela "emissão de boletos de tributos ou outras guias de pagamento", 70% em 2023 contra 25% em 2013.

Tecnologias emergentes

A pesquisa também aponta que em 2023, houve crescimento no uso de Inteligência Artificial, passando de 24%, em 2021, para 30% em 2023, e Internet das Coisas, de 18% para 27%, entre órgãos públicos federais e estaduais, ao mesmo tempo em que observou estabilidade na adoção de Blockchain, onde se observou um aumento de 13% em 2021 para 15% em 2023.

IA foi a tecnologia cuja utilização apresentou maior diferença entre os níveis de governo. Enquanto aproximadamente metade dos órgãos federais, 49%, adotaram esse tipo de tecnologia, nem um terço dos estaduais, cerca de 28%, apontaram esse uso.

Entre os motivos mencionados para a não utilização de Inteligência Artificial, a falta de pessoas capacitadas no órgão público foi o mais citado em 34% no âmbito federal, seguido de não ser uma prioridade para 25% dos órgãos.

Entre os estaduais foram mencionados como principais motivos para não utilizarem IA: não ser uma prioridade para o órgão, 35%, falta de recursos humanos capacitados para usarem IA, 32%, incompatibilidade com as tecnologias existentes, 32%, dificuldades de disponibilidade ou qualidade de dados necessários, 31%, e a falta de necessidade ou interesse, 31%.

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