Ainda segue sob impasse as negociações entre governo e servidores das agências reguladoras. Segundo o Sindicato Nacional das Agências Reguladoras (Sinagências), a última proposta de reajuste da remuneração dos servidores apresentada pelo governo melhorou, mas ainda está aquém do esperado pela categoria.
O governo apresentou em reunião no dia 11 de julho uma proposta de reajuste de até 21,4% para os cargos da carreira e até 13,4% para o Plano Especial de Cargos, divididos em duas parcelas: janeiro de 2025 e abril de 2026. Para sindicato, a proposta ainda implica em distorções remuneratórias internas à categoria e externas em relação às demais carreiras típicas de Estado.
Yandra Torres, dirigente da entidade, disse que o Sinagências está realizando reuniões de avaliação da proposta com a categoria e que a entidade encaminhará pela rejeição integral em assembleia agendada para o próximo dia 22 de julho. "A mobilização está em escalada", afirmou ao Teletime.
O Sinagências disse que antes de 2023, o último reajuste, no valor de 5%, recebido pelos servidores das Agências Reguladoras ocorreu em janeiro de 2017 e, ainda sim, em valor inferior à reajustes e aumentos remuneratórios que foram dados às demais carreiras típicas de Estado – como Receita Federal, que foi de 24,10%, do Banco Central, de 6,98%, e às carreiras do Ciclo de Gestão, que tiveram reajustes de 6,98%.
"De janeiro de 2017 até junho de 2024, a Calculadora do Cidadão do site do Banco Central do Brasil mostra que a inflação pelo IGP-M foi de 71,84% e pelo IPCA foi de 45,35%. Ou seja, o reajuste proposto pelo governo para o período de 2023 a 2026 não cobre sequer as perdas inflacionários já sofridas pelos servidores das agências reguladoras até junho de 2024, quiçá cobrirão as perdas previstas até 2026", afirma a entidade sindical.
