Do tráfego total de redes móveis no mundo em março, 98% foram de dados, segundo relatório da Amdocs divulgado nesta quarta, 16. Isso significa um aumento de oito pontos percentuais em relação ao mesmo período no ano passado. Esse crescimento, entretanto, fez com que aumentasse a queda de conexões e chamadas por voz, com algumas localidades chegando a mostrar um índice de quedas nas ligações de 17%. O relatório analisou 100 mil dispositivos móveis e 4 milhões de conexões de voz e dados na Europa, América Latina, América do Norte e região da Ásia-Pacífico.
O estudo da Amdocs diz ainda que, mesmo com a experiência melhorada de conexão no LTE, que inicializa uma sessão em menos da metade do tempo do 3G, não houve um aumento no consumo de conteúdos pesados para as redes, como o de vídeos. A empresa conclui que isso significa que os padrões de uso dos assinantes são "potencialmente governados por planos de dados" e que "permanecem pouco diferentes (do uso) das redes 3G".
Isso não significa falta de interesse. Para 47% dos usuários, a maior frustração com a operadora é a falta de cobertura de dados. Os limites mensais são citados por 30% dos assinantes, enquanto os custos com downloads são o motivo para 16%. Até mesmo o consumo de voz aumentou: 16% no comparativo com março de 2013, graças ao crescimento de 33% na utilização do celular em ambientes internos. Da mesma forma, uso indoor de dados cresceu 50% em throughput.
A análise da Amdocs é que o LTE deverá ser uma oportunidade para endereçar essas demandas, e que as operadoras devem planejar a implantação de soluções de otimização para gerenciar a base ativa de assinantes "que não querem só consumir dados, mas produzi-los e compartilha-los em tempo real".
