Dos R$ 1,9 bilhão a título de dividendos extraordinários que a TNLP teria emitido nesta segunda-feira, 16, caso não fosse impedida pela Justiça, pouco mais de R$ 400 milhões seriam destinados aos controladores – considerando uma participação destes de 20% a 25% no capital total da companhia. O que o mercado não sabe é a destinação desse dinheiro, que poderia, por exemplo, estar associada ao pagamento de obrigações vinculadas à reestruturação para a fusão com a BrT.
De fato, o analista Eduardo Roche, do Banco Modal, concorda que a distribuição extraordinária poderia ter alguma relação com a compra da Brasil Telecom. "Não dá para afirmar categoricamente, mas os acionistas controladores se endividaram para dar saída a alguns sócios, então qualquer dividendo adicional seria uma folga no fluxo de caixa deles", afirma.
Roche ainda diz que essa distribuição extraordinária já era esperada porque há alguns meses a TMAR (que está no topo da cadeia) fez uma distribuição extraordinária de cerca de R$ 3 bilhões, então era quase certo que a TNLP repassasse parte do dinheiro que veio da controladora aos seus acionistas. Luciana Leocádio da Ativa Corretora, entretanto, afasta a tese de pagamentos relacionados à fusão, já que a reestruturação para a compra da Brasil Telecom foi na TMAR, mas concorda que a distribuição pode estar relacionada a uma "necessidade de fluxo de caixa dos controladores".
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