A compra da TCO foi, em geral, considerada como um bom negócio por analistas do mercado ouvidos por TELETIME News nesta quinta, 16. Com a operação, o grupo passa a cobrir mais uma área importante do país, ganha uma base significativa de assinantes e cria sinergias favoráveis às demais operadoras do consórcio Brasilcel (Telesp Celular e Telefônica Celular). Porém, o que pesa desfavoravelmente no momento é o aumento da dívida da Telesp Celular, reduzindo sua capacidade de produzir lucros no curto prazo. Foi por isso que o papel TSPP4 caiu 7,47%, fechando a R$ 4,09.
A esse preço de fechamento, em tese o papel TCOC4 deveria chegar a R$ 5,19, já que os novos controladores propuseram a troca de uma ação da preferencial da TCOC por 1,27 da Telesp Celular. Não chegou: a ação TCOC4 fechou a R$ 4,95, sobrando um espaço para alta de 4,9%.
Vários profissionais do mercado, contudo, acham que é mais provável a queda de TSPP4 do que a alta de TCOC4. Ou seja: Telesp Celular pode ainda cair para R$ 3,89 (-4,7%).
Todo o processo, de acordo com a expectativa dos analistas, deve terminar em final de março ou começo de abril. Vale lembrar que a operação passa pela Anatel e pelo Cade para ser definitivamente aprovada.
Bom para Splice
A venda da TCO e NBT deve render em termos líquidos para a Splice R$ 363 milhões. Chega-se a esse valor tirando, do preço de venda de R$ 1,4 bilhão, as debêntures emitidas pela Splice compradas pela operadora (R$ 732 milhões) e outras dívidas junto a bancos (R$ 313 milhões).