As operadoras precisam se movimentar para não se tornar meros canos para tráfego de dados no futuro. Se mantidas as tendências atuais, a receita das teles não deve crescer, enquanto os custos com manutenção e o volume de tráfego aumentam, aponta um estudo realizado pela Accenture. Segundo o diretor da empresa para o mercado de telecomunicações, Petrônio Nogueira, existe hoje um descompasso entre o crescimento do investimento em infraestrutura e o crescimento da receita.
Para o executivo, uma das saídas para as operadoras é tentar se transformar em "smart pipes", ou "canos inteligentes". Isso pode ser feito basicamente de duas formas: adicionando inteligência na análise do perfil de consumo dos clientes, de maneira a segmentar melhor a oferta de produtos, e criando novos serviços de valor adicionado. Este assunto é tratado em detalhes na matéria de capa da edição de dezembro da revista TELETIME.
Consolidações
No entanto, ele entende que o Brasil continua atraente para investidores estrangeiros. "Nossa recomendação para todas as operadoras no mundo é de que olhem com atenção os mercados emergentes", relata. Ele lembra que o Brasil tem solidez institucional e uma grande população jovem e economicamente ativa. "O Brasil é a bola da vez."
Espectro
O executivo acredita que em 2010 a Anatel deve vender a banda H de telefonia celular provavelmente limitando o leilão a novos entrantes. Um dos possíveis interessados seria a Nextel, que participou do leilão de 3G mas não ganhou nenhuma licença. GVT (Vivendi) e Vodafone são também constantemente citadas por técnicos da Anatel como potenciais candidatas.