Telefônica investirá R$ 2,5 bilhões e acena com triple play

O Grupo Telefônica deverá investir R$ 2,5 bilhões em 2005, dos quais R$ 1 bilhão na Vivo e R$ 1,5 bilhão na Telesp – a operação fixa. As prioridades e desafios para o grupo são a expansão da base de clientes de banda larga, dos atuais 900 mil usuários para 1,5 milhão, e a continuidade dos investimentos em serviços de valor adicionado, afirmou o presidente da Telefônica no Brasil, Fernando Xavier Ferreira. O executivo insinuou que poderá haver convergência tecnológica na telefonia fixa, no próximo ano, com oferta de serviços triple play (voz, dados e vídeo), mas não quis detalhar o assunto.
Para justificar a demora da operadora em apresentar soluções fixo-móvel, enquanto os concorrentes saíram na frente, Ferreira argumentou que este tipo de serviço ou uma maior convergência da Telefônica com a Vivo pode não interessar porque não quer o mesmo acordo comercial com TIM, Brasil Telecom ou outros concorrentes. ?O fixo-móvel tem que ser oferecido para qualquer operadora móvel, ou só para a empresa móvel do grupo??, questionou, para depois mostrar uma aparente resignação. ?Se a regulamentação não vier, as coisas acontecerão assim mesmo; o mercado vai se impor.?
Em relação à competição na telefonia fixa com a mexicana Telmex, Xavier se disse surpreso. ?Eu esperava mais agressividade.? Entretanto, não soube explicar o que tem retido a rival. Alegou não temer também o que surgirá da fusão Telmex e Net. ?Quero ver primeiro o que a Telmex/Net vai atacar. Será bom para o usuário e a empresa precisa saber se defender?, argumentou.

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Quanto à atuação da própria Telefônica, que ainda não expandiu de forma efetiva sua atuação para fora do Estado de São Paulo, Ferreira disse que é impossível competir em outras áreas, se tiver que usar a infra-estrutura de terceiros, devido ao custo. Mesmo assim, afirmou que a operadora tem 4 mil pontos de presença fora de sua área, pelos quais atende o mercado corporativo. O problema, justificou, é que não é atrativo comercialmente.

Condições favoráveis

O presidente da Telefônica está otimista quanto a 2005, pois considera que há condições favoráveis para tomada de decisões corretas. Em sua opinião, a taxa de crescimento da economia poderá ser superior à projetada pelo governo, de 3,5%. Mas para que isto aconteça acredita que o governo precisará resolver os problemas de investimento em infra-estrutura, estabilizar as regras e reduzir a taxa de juros.

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