Modelo de negócios de SMS segue mesma linha na América Latina

Os modelos de negócio para serviços de valor adicionado (SVA) parecem seguir uma mesma tendência na América Latina: forte adesão por parte dos usuários aos serviços de SMS e a parcela dominante da receita em poder das operadoras (80% em alguns casos), com os integradores e desenvolvedores retendo o menor percentual. A conclusão é dos executivos que participaram nesta terça-feira, 15, do 6º Tela Viva Móvel, evento que prossegue até esta quarta-feira no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. Os executivos falaram sobre direitos autorais para ringtones, explicando que no Brasil o problema começa com os elevados impostos, e a taxa de setup (armazenamento), também muito cara no País, de acordo com Kleber Tolezani, da PMóvil.
O Brasil é o país mais desenvolvido da América Latina em serviço de valor adicionado (SVA), com 180 empresas, disse o diretor da Convergencia Latina, Ariel Barlaro. Em seguida vem o México, com 80, e Argentina, com 42. O Paraguai é o último do ranking, com menos de meia dúzia de empresas de SVA.
De acordo com projeções de Barlaro, a América Latina contará com 500 milhões de linha móveis na próxima década, das quais 200 milhões no Brasil. Em 2007, a penetração do serviço nos países da região deverá alcançar 60%, o que deixa ainda uma margem para crescimento, principalmente nos mercados menores. A killer application será SMS combinados com TV, aposta o consultor.

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Em relação aos dados móveis na América Latina, a distribuição na região, de acordo com o Yankee Group, deve ficar da seguinte forma: mensagens ocuparão 65% do bolo; diversão, 24%, empresarial, 10%; e compra, 1%. A maior receita por usuário (Arpu) em dados em 2005 foi da Colômbia, com US$ 2,2, com projeção para US$ 3,6 para 2009. A segunda maior Arpu é do Chile, com US$ 1,5 em 2005 e US$ 3,1 em 2009. Na seqüência vêm México, Peru e depois Brasil, com US$ 0,8 em 2005 e US$ 2,2 em 2009.
Durante o evento, discutiu-se também a receita de empresas de SVA móvel: Brasil, com US$ 69 milhões; México, US$ 41 milhões; e Venezuela US$ 22 milhões.
Dos quase 500 milhões de linhas móveis esperadas para 2012, o Brasil representa 40% desse mercado, com uma densidade de 80%.
Para Francisco Okecki, da NetPeople, as dificuldades para se instalar no Brasil são tecnologia e recursos financeiros, principalmente. Em relação às exportações, Okecki disse que o mais importante para as empresas brasileiras exportarem não é apenas o conteúdo, mas também os meios. Sua empresa está presente em 17 países, mas ele destaca que os preços mais altos de SMS, por exemplo, são na América Central. No Panamá, um SMS chega a custar US$ 1. O maior tráfego de mensagens ocorre na Venezuela, mas ele não soube precisar o volume.

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