Depois das telas sensíveis ao toque, a realidade aumentada é tida como a próxima revolução na interface móvel, apostam especialistas reunidos em um painel sobre o assunto no Mobile World Congress, em Barcelona, nesta terça-feira, 15. "A realidade aumentada não é uma killer application. É apenas uma nova interface para acessar a entender as informações do mundo ao nosso redor de maneira mais fácil", resumiu Peter Meier, CTO da Metaio, empresa especializada em realidade aumentada. Para se ter uma ideia da importância que o tema vem ganhando, a Telefônica já tem uma gerência dedicada à realidade aumentada e busca visual cujo executivo, David Marimon, fez parte do referido painel.
Há muitas aplicações de realidade aumentada que usam, simultaneamente, a câmera, o acelerômetro e o GPS para interagir com o usuário. "O problema é que o GPS não é tão preciso quanto gostaríamos. São necessários novos sensores", comentou Marimon, da Telefônica. Uma solução pode estar na tecnologia de reconhecimento de imagem, que pode complementar o GPS, especialmente no uso em locais fechados. Dentro desse contexto, os especialistas comemoram a chegada dos primeiros terminais móveis com tecnologia dual-core, ou seja, dotados de dois processadores. "Isso torna possível fazer o reconhecimento de imagens dentro do client instalado no aparelho. É algo que pode transformar esse mercado em 2011", disse Meier.
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Mobile World Congress