A programação de eventos, em especial de direitos esportivos, pode virar um diferencial importante na briga de gigantes pelo mercado de TV por assinatura tanto na América Latina como no Brasil contra as empresas de telecomunicações. A estratégia da Telefônica de criar uma operação de DTH (TV paga por satélite) de escala pan-regional (já começou no Chile, terá em breve braço no Peru e espera estrear também no Brasil) pode levar o outro player regional, a Sky/DirecTV, a investir mais ainda no futebol para ter diferenciação de programação, já que os canais internacionais de todos os gêneros da TV por assinatura têm se mostrado prontos a negociar com estes novos players do mercado.
A DirecTV já comprou e transmitiu a Copa do Mundo 2006 da Alemanha; agora a Sky/DirecTV também anuncia a aquisição para seus canais próprios do Campeonato Espanhol com exclusividade ? repassou uma parte dos jogos para os canais da ESPN, mas tirou este produto da TV aberta pelos próximos três anos. Ou seja: a operadora joga alto para ter direitos exclusivos. Luiz Eduardo Baptista, CEO da Sky, admite que tal estratégia de adquirir esportes deve prosseguir, ainda que eventualmente tenha de se negociar com os atuais parceiros para superar conflitos. Por exemplo, a Globo, que tem boa parte dos direitos esportivos no Brasil e é acionista da operação. Espera-se uma reação das teles, sobretudo da Telefônica, que também tem investido internacionalmente na compra de conteúdos.
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