Mercado de satélite chegará a US$ 1 bi na AL até 2012

O cenário de baixas taxas de crescimento do mercado latino-americano de comunicação por satélite nos últimos três anos começa a mudar a partir deste ano, segundo estudo da consultoria Frost & Sullivan. A demanda por aplicações de vídeo, TV digital, DTH e networking deverá impulsionar o uso comercial de satélites, alcançando uma receita superior a US$ 1 bilhão até 2012. Andrés Fciarrotta, analista de pesquisa da consultoria, destaca que os serviços que mais terão impacto nesse mercado são a distribuição de vídeo, soluções para TV digital e voz sobre IP. O estudo aponta novas aplicações como o e-learning, telemedicina, offshore, turismo e IPTV. Em contraposição ao crescimento esperado a curto prazo pela Frost & Sullivan, aplicações novas como transmissões em HDTV, além do acesso direto à internet, deve levar um tempo maior para serem adotadas pelos consumidores latino-americanos. Durante o mesmo período, a consultoria prevê que a utilização de satélite pelo setor de telefonia será o único a apresentar baixo crescimento devido à competição com outras tecnologias como Wi-Fi e cabo.
Em relação às bandas, os transponders de banda C continuarão liderando a demanda, mas o aumento da utilização da Ku poderá chegar a patamares similares devido a uma redução dos preços e alcance maior. A consultoria estima que a banda Ku apresente um crescimento composto anual de 6,35%, enquanto a banda C deve expandir 4,21%.
A pesquisa não aponta diferenças por país mas o Brasil deve ter um papel de destaque no crescimento das aplicações devido a sua população, segundo Fciarrotta. Ele também aponta o Chile e o Peru, com atividades intensivas na área de mineração e pesca, como mercados potenciais para o crescimento das aplicações de satélite.

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