Empresa apresenta solução de localização via rede celular para segurança pública

Uma nova tecnologia de localização via rede celular chega ao Brasil. Trata-se da U-TDOA (Uplink Time Difference of Arrival), desenvolvida e patenteada pela norte-americana TruePosition. Com precisão de até 50 metros, essa solução cruza informações de múltiplas estações rádio-base (ERBs) a partir de receptores extras instalados nelas, chamados de LMUs (Location Measurement Units). A U-TDOA tem a vantagem de localizar celulares em áreas cobertas, o que o GPS não consegue. Além disso, funciona com qualquer telefone móvel, independentemente do sistema operacional ou se é 2G ou 3G. Os receptores LMUs se comunicam com um gateway de localização, no qual um software analisa e interpreta as informações, de acordo com a aplicação contratada. Os principais clientes desse sistema são governos, para fins de segurança pública e de segurança nacional. A TruePosition produz os receptores e também distribui o software de interface do usuário, no caso de aplicações de segurança nacional.
O diretor de marketing da TruePosition, Brian Varano, está no Brasil esta semana para apresentar a tecnologia em uma feira de sistemas de segurança, no Rio de Janeiro. Ele conta que o sistema é usado nos EUA nas redes da AT&T e da T-Mobile para atender a uma exigência do governo daquele país para que todas as chamadas de emergência sejam localizadas. Mais de 75 mil receptores foram instalados em ERBs nos EUA. Cerca de 6 milhões de chamadas de emergência são localizadas por ano através desse sistema naquele país. "Isso traz mais eficiência para as equipes de resgate e para a polícia", explica Varano. Vários outros países, como Canadá e Austrália, discutem neste momento a aprovação de leis similares à norte-americana.
Segurança nacional

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O mercado que mais cresce no momento, segundo Varano, é o de segurança nacional, para combate ao terrorismo e monitoramento de fronteiras e de localidades de acesso restrito. Neste caso, sua empresa fornece um software que analisa e interpreta as informações coletadas não apenas pelos receptores, mas também por um equipamento instalado nas controladoras das ERBs. Obviamente, é preciso convencer as operadoras a autorizar a instalação de tais equipamentos. Resolvida essa questão, é possível colher dados como: hora e local em que um telefone foi ligado ou desligado; números para os quais o telefone ligou ou dos quais recebeu chamadas ou mensagens de texto, acompanhados de hora e local etc. Se, por exemplo, um telefone celular acoplado a uma bomba é usado para detoná-la, o sistema pode descobrir qual era o seu número vendo qual celular desapareceu subitamente da área atingida pelo atentado. Em seguida, pode descobrir que número ligou para o celular da bomba e, assim, começar a rastrear o terrorista.
O software também permite estabelecer cercas eletrônicas controladas por listas brancas ou pretas usando três diferentes códigos de identificação: IMEI, IMSI ou o MSISDN. Isso pode ser usado para controle de acesso a locais de segurança máxima. "É útil, por exemplo, em prisões. Cadastramos os telefones dos agentes penitenciários em uma lista branca. Se qualquer outro aparelho for ligado dentro da prisão, um alerta é disparado", afirma Varano.
O executivo não revela quais governos utilizam sua solução, mas está entusiasmado para fechar acordos no Brasil, principalmente por causa da realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no País.

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