Viber é vendida por US$ 900 milhões para grupo japonês

Durante a semana, boatos já antecipavam a venda da Viber, empresa que desenvolveu o aplicativo de mensagens e voz over-the-top (OTT) multiplataforma, mas os rumores eram sempre negados. Até mesmo na visita ao Brasil para inaugurar o escritório em São Paulo durante a Campus Party no final de janeiro, o CEO e fundador da companhia, Talmon Marco, deixava claro que a intenção era se manter independente. Entretanto, nesta sexta-feira, 14, a fornecedora de serviços de Internet (e maior rival japonesa da Amazon) Rakuten anunciou que comprou a Viber por US$ 900 milhões.

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Não é a primeira aquisição da japonesa. Recentemente, ela adquiriu outras empresas de tecnologia, como a Kobo (que desenvolve o e-reader concorrente do Kindle, da Amazon), Waki.tv (companhia espanhola de vídeos OTT) e Viki (outra OTT, mas baseada em Cingapura). A transação desta sexta-feira, entretanto, parece ser um passo maior, já que a Viber tem mais de 300 milhões de usuários registrados no mundo e concorre com pesos pesados como WhatsApp, Line e WeChat. Segundo a companhia, a ideia é aproveitar sinergias entre os serviços. Por trás disso está a oportunidade da Rakuten de ampliar seu alcance para além do mercado japonês.

Em janeiro, Talmon Marco afirmou que a principal fonte de renda da Viber era por meio da compras dentro do app (IAP, na sigla em inglês) dos stickers, adesivos virtuais que eram oferecidos em pacotes temáticos, e jogos. A Rakuten diz que essa abordagem mais leve da empresa OTT é um "casamento perfeito" com a filosofia de "comprar é divertido", o que permitiria ampliar o alcance do ecossistema de produtos de Internet da japonesa. "A combinação também abre portas para o massivo potencial de mercado do Viber, através dos 225 milhões de membros globais do Grupo Rakuten", diz o comunicado enviado à imprensa.

É improvável que a natureza aberta e multiplataforma do serviço Viber mude, entretanto. De acordo com Marco em janeiro, o aplicativo é tratado "como uma plataforma completa que vai implantar mais recursos, mas a experiência básica será sempre gratuita".

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