A América Móvil está trabalhando para lançar este ano sua loja própria de aplicativos, que estará integrada à solução da WAC (Wholesale Applications Community), revelou a este noticiário o diretor de serviços de valor adicionado (SVA) do grupo, Marco Quatorze, presente em painel do Mobile World Congress, em Barcelona, nesta segunda-feira, 14. De acordo com o executivo, a nova loja conviverá com aquela voltada para widgets, na qual a solução escolhida é fornecida pela Qualcomm.
Desenvolvedores
Diante de uma plateia repleta de desenvolvedores, Quatorze defendeu o ponto de vista das operadoras no que diz respeito à divisão da receita com a venda de conteúdo e aplicativos móveis. Ele explicou que em mercados majoritariamente pré-pagos, como Brasil e México, as teles precisam ficar com uma participação maior na receita do que aquela praticada em mercados pós-pagos. A justificativa são os custos para distribuição de cartões de recarga, o que inclui comissões para os revendedores. "Quando vendemos US$ 10 de crédito para um cliente pré-pago, isso não é US$ 10 para a gente. É menos", disse. Outro argumento usado por Quatorze é o fato de que no modelo pós-pago qualquer gasto com conteúdo móvel é adicional à franquia de serviços de telecomunicações, enquanto no pré-pago é ao contrário: ou seja a venda de serviços adicionados canibaliza o uso dos créditos com minutos. Por tudo isso, o executivo entende que 70% é um percentual alto para os desenvolvedores nesse segmento. E lembra que no SMS as operadoras é que ficam com 70% da receita e ainda assim os desenvolvedores obtêm lucro.
Mobile World Congress