O mercado alemão de TV por assinatura tem pelo menos duas similaridades em relação ao mercado brasileiro: uma presença majoritária do DTH como tecnologia de distribuição e uma forte presença da TV aberta. E a exemplo do que acontece no Brasil, boa parte da audiência da TV aberta também capta seus sinais via satélite. A combinação desses dois fatores coloca uma dificuldade adicional aos operadores de cabo, explica Manuel Cubero, COO da Kabel Deutschland, maior operadora de cabo daquele país.
Segundo ele, nos últimos anos o mercado de cabo perdeu espaço para o DTH, tendência que só se reverteu depois que as operadoras passaram a investir fortemente em novas plataformas de vídeo, com a introdução de set-tops com DVR com a possibilidade de gravação de múltiplos programas, conteúdo em HD em grande quantidade, vídeo sob demanda e, obviamente, banda larga. "Apenas depois que o cabo se tornou um produto melhor que o DTH é que paramos de perder market share. Onde as duas tecnologias competem, hoje o cabo é imbatível", explica Cubero a este noticiário. Ele participa do Cable Congress 2014, congresso europeu de TV a cabo organizado pela Cable Europe, que acontece esta semana em Amsterdã.