Telefónica: benefício de forma ativa ou passiva em caso de consolidação no Brasil

Assim como os concorrentes América Móvil e TIM, a Telefónica, controladora da Telefônica/Vivo no Brasil, afirma que está observando a dinâmica de mercado e "explorando ativamente oportunidades em potencial", até por já ter feito o movimento para adquirir a GVT. Mas o grupo espanhol considera também que poderia haver benefícios se fosse passiva no movimento de consolidação do mercado brasileiro, segundo afirmou o chief-financial officer e chief-development officer da empresa, Angel Villa, em teleconferência com analistas nesta quarta, 12.

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"Daríamos apoio à consolidação de mercado. Em alguns cenários, seríamos ativos, em outros, seríamos menos, e nos beneficiaríamos disso", declarou Villa. Quando perguntado se preferia uma fusão com a Oi ou uma fatia da TIM, ele tentou desconversar e ressaltou que conseguiria tirar proveito de qualquer forma. "Nos dois cenários, em ambos poderíamos ser ativos, e poderíamos nos beneficiar sendo passivos", declarou. No final das contas, Villa afirma que, devido ao tamanho do mercado brasileiro e com a necessidade de investimentos, "sinergias de consolidação poderiam ser muito importantes e criar valor se a transação fosse devidamente estruturada". Ou seja: obviamente, faria maior sentido se fosse uma empresa que complementasse a atuação da Vivo no Brasil.

Perguntado se o banco BTG Pactual teria procurado a empresa para uma eventual sondagem no suposto acordo com a Claro e a Oi para a compra fatiada da TIM, o executivo citou o comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) da subsidiária brasileira, que afirmou que teria procurado a própria controladora e disse não "estar sabendo de acordo". Pressionado sobre a existência ou não de um contato direto do BTG, Angel Villa preferiu se esquivar: "Não respondemos a esse tipo de questão".

GVT

A Telefónica comemorou a aquisição da GVT, prevendo a conclusão – ainda sujeita a aprovações regulatórias no Brasil – para o primeiro semestre de 2015. E isso teria "tirado a pressão" de ser o centro de um processo de consolidação com outras operadoras. "Finalmente fechando isso (a transação), e levando em consideração a decisão da Vivendi de ser acionista na Telecom Italia, onde não seremos mais acionistas, não há então tanta pressão de nossa parte para participar desses processos", declara o CTO do grupo espanhol.

Segundo Villa, a transação caminha de forma positiva. "Estamos em processo construtivo (de discussões) com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em tecnicalidades da transação e acreditamos que isso será resolvido satisfatoriamente", declarou, destacando as sinergias esperadas. Ele disse ainda que não viu necessidade de ajustes contábeis para o futuro em relação à GVT.

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