O pacote de mudanças nas linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para enfrentar a falta de crédito no País irá beneficiar as empresas atuantes nos setores de infraestrutura, incluindo telecomunicações. A mudança que poderá ser aproveitada pelas teles é a ampliação da participação do banco em projetos de financiamento de bens de capital. O limite de participação, que era de 60%, passa agora a ser de 80%.
A flexibilização não vale para empréstimos comuns do banco, uma vez que a intenção é garantir a continuidade das expansões já planejadas pelas companhias. O benefício, no entanto, custará um pouco mais caro às empresas que quiserem o apoio financeiro do banco de fomento. A correção do empréstimo, antes feita apenas pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), será acrescida em 2,5% ao ano. A TJLP está em 6,25%.
O aumento do custo se deve ao fato de que a folga no caixa do BNDES que permitiu a expansão das linhas de financiamento e a mudança das regras foi gerada por um "empréstimo" do Tesouro Nacional de R$ 100 bilhões. Por não se tratar de uma verba do próprio BNDES, a instituição terá remunerar o Tesouro com um spread básico e parte desses custos está sendo repassado aos novos projetos.
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