Para estúdios, novas mídias não remuneram grandes produções

"Queremos que a experiência de quem acessa nosso conteúdo seja rica. É claro que haverá um modelo de negócios nisto". Foi assim que Tom Toumazis, da Disney-ABC, abriu sua fala em um painel no Mipcom que recebeu grandes estúdios para discutir as novas plataformas de distribuição. O Mipcom é o principal mercado de conteúdo audiovisual internacional, que acontece esta semana em Cannes.
A grande a dúvida dos estúdios é quando haverá um modelo realmente rentável. "Estamos fazendo diversas experiências com diferentes plataformas, mas não há um modelo de negócios para colocarmos nosso conteúdo mais valioso, como as séries do horário nobre ou os feature films. São produções muito caras", disse John McMahon, da Sony Pictures.
Para Kevin MacLellan, da operadora norte-americana de TV a cabo Comcast, único representante de uma plataforma de distribuição no debate, o conteúdo não deveria ser tão caro quanto é atualmente. "É claro que o conteúdo é caro. Qualquer série do prime time tem pelo menos oito produtores executivos e um time de dezenas de escritores. Em algum momento essas pessoas terão de ser remuneradas", provocou, afirmando que é fundamental que se comece a enxugar o orçamento das produções. Toumazis, da Disney, devolveu afirmando que o público está mais exigente. "A TV hoje tem a mesma qualidade do cinema. Há muita coisa acontecendo no background para garantir esta qualidade".

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