A associação Neotec, que representa os operadores de MMDS, ainda aguarda a publicação do texto definitivo da portaria com a nova destinação da faixa de 2,5 GHz, aprovada na semana passada pela Anatel, para fazer uma avaliação ampla dos impactos da medida. Mas a associação, segundo seu diretor executivo, Carlos André Lins de Albuquerque, enxerga pelo menos um ponto positivo. "Agora, pelo menos, haverá estabilidade regulatória", disse, em debate com a Anatel durante a ABTA 2010, que acontece esta semana em São Paulo. "Houve uma perda de espectro considerável, contudo, e a redução prejudica muito o serviço de vídeo", ponderou. Para a Neotec, é importante que a Anatel, agora, considere conceder os mesmos estímulos que estão sendo dados ao setor de cabo para o segmento de MMDS. "As empresas do setor não poderão pagar preços exorbitantes pelo espectro". Ele também descartou a possibilidade de uso das faixas de 25 GHz para alocar o serviço. "Não existe escala comercial nesta faixa, e o serviço de TV seria inviável". Para o conselheiro da Anatel João Rezende, é importante destacar que haverá, para os operadores de MMDS que perderão faixas, compensações financeiras a serem pagas no momento dos leilões do espectro.
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