O banco JP Morgan atualizou seu estudo sobre o mercado brasileiro de banda larga, divulgado inicialmente em novembro do ano passado, para ser apresentado durante a ABTA 2010. A principal constatação é que as "operadoras alternativas" GVT e Net abocanharam sozinhas 78% das novas assinaturas de banda larga no País nos últimos 12 meses. O crescimento foi 16 pontos percentuais maior que os 62% de novas adições divulgados em novembro de 2009.
Segundo o relatório, a qualidade de rede superior e preços atrativos das chamadas operadoras alternativas têm forte apelo juntos aos consumidores, fazendo com que elas ganhem continuamente market share.
O banco ressalva, entretanto, que o número reflete a contribuição negativa da Telefônica no terceiro trimestre do ano passado, quando a operadora foi proibida pela Anatel de comercializar o Speedy e acabou por perder 149 mil clientes.
Como no primeiro relatório, o estudo reforça que o preço da oferta de banda larga das incumbents cai para até menos da metade onde há competição. Mais especificamente, o relatório aponta que onde há competição com a GVT, o preço da banda larga da incumbent cai 58,3%, de R$ 143,70 para R$ 59,90. Já nas cidades onde há competição apenas da Net Serviços, a redução é de 47,9%, passando dos R$ 143,70 para R$ 74,90. A comparação foi feita com base no preço da conexão de 3 Mbps.
Também há diferença entre os preços cobrados pelas concessionárias na capital e no interior de um Estado. A Oi, por exemplo, chega a cobrar até 83% mais em cidades do interior quando se compara os preços ofertados nas capitais e nas regiões metropolitanas, segundo o JP Morgan.
Banda larga móvel
O número de acessos 3G, que nos últimos 12 meses cresceu 287%, chegando em junho a 14 milhões de assinantes, já representa 37% das receitas de banda larga no segundo trimestre do ano. Em junho de 2009, os acessos 3G respondiam por 26% das receitas de banda larga.