Overlay das celulares movimenta mercado de antenas

O overlay das operadoras celulares TDMA está sendo comemorado pelos fornecedores de antenas para estações radiobase (ERBs). A Kathrein Mobilcom Brasil prevê faturar US$ 20 milhões neste ano, o dobro em relação a 2003. A empresa, que no Brasil é uma joint-venture entre o diretor-presidente Karl-Heinz Lensing e o grupo alemão Kathrein, também se beneficia do crescimento do mercado de telefonia móvel na América Latina.
Em função dessa movimentação, os sócios resolveram investir US$ 5 milhões na construção de uma nova fábrica em São Paulo – já está pronta – e dobrar a produção de antenas este ano. Em 2003, a Kathrein produziu 30 mil antenas no País, entre produtos para ERBs, broadcast (receptores de satélite), indoor e outros ambientes.
Uma grande aposta da empresa para conquistar mais mercado (a Kathrein afirma ter cerca de 50% do mercado brasileiro de antenas celulares) são as antenas dual band para 800 MHz e 1.800 MHz. ?Ninguém quer construir mais torres e, com esse produto, uma operadora pode manter uma única antena que atende os usuários TDMA e os que usam GSM?, diz o Lensing.

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O executivo explica que na Europa já estão sendo utilizadas antenas triple band da Kathrein que permitem às teles oferecem a terceira geração (3G) na mesma estrutura.
O executivo diz que a Oi e a TIM já construíram suas torres com antenas que permitirão alocar a 3G. A Kathrein tem duas antenas, uma para faixas de 806 MHz a 960 MHz e outra para freqüências de 1.710 MHz a 2.170 MHz.
A fábrica brasileira também atenderá a demanda em outros países latino-americanos, explica o executivo. Para este ano, é esperado um grande crescimento de vendas de aparelhos móveis na Argentina, que ficou estagnada durante três anos. Além disto, operadoras de Cuba e Chile devem iniciar o overlay de suas redes neste ou no próximo ano.

Antenas indoor

A empresa acredita também no crescimento do mercado de antenas indoor, para prédios comerciais, shoppings e outros estabelecimentos comerciais. Lensing explica que a penetração da freqüência de 1.900 MHz, utilizada pelas operadoras GSM, é menor que as de 800 MHz e 900 MHz, por questões físicas, o que exigirá das operadoras ou desses estabelecimentos um investimento em antenas indoor.
?A freqüência mais alta é mais difícil de penetrar nos prédios e os usuários já não admitem mais que o celular não funcione em algum lugar?, explica Lensing. Ele prevê que em meados do ano que vem esse tipo de mercado comece a crescer. Atualmente, as antenas indoor não chegam a responder por 10% do faturamento da Kathrein.

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