Sateliot, startup de 5G por meio de satélites, recebe aporte do Santander

Foto: Divulgação/Sateliot

A Sateliot, companhia espanhola que prepara cobertura 5G para Internet das Coisas (IoT) por meio de nanossatélites de órbita terrestre baixa (LEO, em inglês), acaba de receber um aporte de 6 milhões de euros (cerca de R$ 32 milhões) do Banco Santander, por meio do Corporate & Investment Banking (Santander CIB) da instituição.

De acordo com a empresa, a nova injeção de recursos permitirá acelerar o desenvolvimento da sua tecnologia e constelação de satélites. Aliás, em 2024, a startup planeja crescer de forma "significativa" com o lançamento de quatro novos satélites, dando início à sua fase comercial.

O movimento faz parte de uma série de iniciativas adotadas pela startup para turbinar o caixa. Há duas semanas, a companhia garantiu um empréstimo participativo de 2,5 milhões de euros (R$ 13,3 milhões) feito pela Avançsa, entidade pública da Catalunha responsável por fomentar parcerias público-privadas.

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Além disso, a Avançsa emitiu outros 5 milhões (cerca de R$ 26,7 milhões) em notas conversíveis para a startup. Assim, os recursos captados recentemente chegam a 13,5 milhões de euros (em torno de R$ 72,22 milhões).

"A conclusão destas três operações demonstra a confiança que os bancos de primeira linha, as administrações públicas regionais e outros grupos, como capital de risco, family offices ou investidores-anjo, colocaram em nós. Com todos eles, criamos uma parceria estratégica que reforça a nossa liderança na primeira constelação 5G-IoT", afirma Jaume Sanpera, CEO e cofundador da Sateliot, em comunicado.

Estratégia

Ao que tudo indica, a companhia não deve parar por aí. No anúncio desta quarta-feira, a Sateliot informou ao mercado que o seu próximo movimento será uma Série B. Segundo o pipeline, a ideia é financiar a sua próxima fase de constelação de 250 nanossatélites implantados com a tecnologia 5G, sendo que a previsão é lançar 64 novos dispositivos ao longo dos próximos 18 meses.

Inclusive, a empresa diz já ter fechado acordos com empresas de telecomunicações, impulsionando uma carteira de pedidos vinculativos no patamar de 150 milhões de euros (em torno de R$ 802 milhões).

Em fevereiro de 2022, a startup havia fechado uma Série A no valor de 10 milhões de euros, e, em abril do mesmo ano, colocou outros 1,5 milhões de euros no caixa.

No captable, estão investidores como Evonexus, braço de investimentos da Qualcomm e Verizon, Cellnex, telecom espanhola, e Indra, multinacional de consultoria e tecnologia. Outros parceiros são Sepides, órgão de desenvolvimento empresarial que pertence ao Ministério da Fazenda da Espanha, GSMA (associação global de fabricantes de telefonia móvel) e a Agência Espacial Europeia (ESA).

Hoje, a Indra detém 10,5% do capital da startup, a Sepides conta com cerca de 5% e a Cellnex tem outros 3,5%.

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