Ao chegar à marca de cerca de 700 clientes empresariais com serviço local, a Embratel considera estar dentro de sua meta de atingir 10% do mercado corporativo de serviços de voz ao final de seu primeiro ano de operação do serviço. Na prática, a empresa começou a operar plenamente em janeiro deste ano quando assinou os contratos de interconexão com todas as operadoras locais. A pretensão da operadora em cinco anos é ter 35% do mercado corporativo brasileiro, que hoje representa um faturamento de cerca R$ 6 bilhões ao ano.
A partir da experiência de sua equipe de vendedores de serviços de dados (dos quais a empresa tem 50% do mercado), a Embratel vem praticando uma política agressiva de preços que, segundo Purificación Carpinteyro, diretora de serviços locais, ?são sempre inferiores aos oferecidos pela concorrência?.
Contas do governo
Na visão da Embratel o momento é muito propício para oferecer telefonia local a órgãos governamentais que, pela lei, devem realizar licitações para o provimento de serviços de voz, especialmente para cumprirem as metas da lei de responsabilidade fiscal. Purificación cita como exemplo a licitação realizada pelo IBGE no Rio de Janeiro: ?na proposta inicial, a Telemar já ofereceu seus serviços 20% mais baratos do que cobrava anteriormente do órgão público. As propostas da Embratel eram semelhantes. No pregão, a vitória foi da Telemar com 60% de desconto, mas a concessionária local foi desclassificada e a Embratel acabou levando o certame, oferecendo 50% de desconto ao IBGE?. De acordo com a diretora da Embratel, os descontos oferecidos às empresas não são sempre iguais, o que depende do porte (volume de tráfego) do serviço contratado.