O CEO e chairman da Telefónica Móviles, Antonio Viana-Baptista, disse nesta quarta-feira, 8, que mantém a previsão de margem Ebitda da Vivo "em torno dos 30%", ao contrário do que fez a concorrente América Móvil para a controlada Claro ao revisar a margem Ebitda de 10% para zero. No primeiro trimestre deste ano, a Vivo registrou margem Ebitda de 38,3% (40,5% no mesmo período do ano anterior).
Em apresentação em Londres, na Merrill Lynch Telecommunications Media & Technology Conference, Viana-Baptista afirmou que o Brasil tem um grande potencial de crescimento, mas é um mercado bastante competitivo. A previsão do CEO da Telefónica é que até 2008 a penetração de telefonia móvel no País esteja entre 55% e 60%.
Sob pressão
O executivo admite que as margens da Vivo continuam sob pressão e que o segundo trimestre é marcado fortemente pelas campanhas do Dia das Mães e dos Namorados. Ainda, afirmou que deverá haver um aumento de pressão sobre os segmentos de alto valor – como o mercado corporativo e o público de alto poder aquisitivo.
Para combater tudo isso, Viana-Baptista afirmou que a Vivo terá que aprofundar-se na segmentação de mercado; atuar fortemente na retenção do assinante para preservar o alto valor do usuário; fazer crescer a receita a curto prazo, que sofre os impactos da pendência do acordo das tarifas de interconexão, baixo tráfego fixo-móvel e fortes promoções de tráfego; por fim, avançar na ampliação das redes 1xRTT e EV-DO para oferecer um portfolio diferenciado de serviços.