On Telecom pretende expandir cobertura para outros estados em 2015

A On Telecom se mantém na estratégia de expandir sua oferta de banda larga fixa por meio da rede móvel LTE. A antiga Sunrise está atualmente em 32 cidades do Estado de São Paulo e tem cerca de 25 mil assinantes, o que já representaria um aumento de mais de 28% em relação a junho (de acordo com balanço da Anatel, a companhia contava com 19.435 acessos). Mas a empresa não deverá se limitar a essa região. "Está no plano da On ter expansão para outros estados no ano que vem sim", afirmou a este noticiário durante a ABTA 2014 o diretor de operações da companhia, Carlos André Albuquerque.

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Segundo ele, Campinas é a maior cidade de atuação da operadora, que cobre municípios com 10 a 15 mil residências. "A gente vem com taxa de crescimento bem razoável, são apenas algumas dezenas de milhares de usuários, mas, com (operação de) um ano, achamos bem interessante", comemora, dizendo-se surpreso com a demanda que "ainda existe". 

A estratégia é não apenas entrar em cidades onde há pouca competição mas também em áreas servidas por outras companhias maiores, ou até incumbents como a Telefônica. A ideia da On é servir como alternativa de conexão também em residências com mais de um assinante, como uma família de cinco pessoas, por exemplo. "Talvez a gente esteja tirando assinantes (das outras operadoras), mas acho que tem muita complementaridade", avalia.

A limitação de espectro de 40 MHz na faixa de 2,5 GHz não chega a ser um problema para enfrentar essa concorrência, segundo o diretor de operações. "Usamos tecnologia nova (de TD-LTE), a Sky também usa, e essa tecnologia tem tido resposta muito boa porque a rede é estável", declara. Albuquerque diz que, até por isso, as velocidades de 5 Mbps, 10 Mbps e 15 Mbps têm se mostrado suficientes para a maioria da base. "Tanto que 70% do meu tráfego é Netflix, é vídeo, e a rede suporta", revela, esclarecendo depois que esse percentual é o total de conteúdo em vídeo, e não apenas do serviço over-the-top mencionado.

O executivo diz ainda que, no momento, a On não está desenvolvendo uma rede própria de hotspots Wi-Fi para poder ajudar na conectividade além da rede móvel. "Não detectamos por pesquisas que isso seja um diferencial. TV por assinatura é um fator de decisão", avalia, confessando certa dificuldade no mercado por não possuir uma oferta multi-play. "Por isso a opção da On de não investir massivamente (em rede Wi-Fi)".

Talvez isso nem faça tanta diferença para o cliente da On, já que o equipamento distribuído pode ser nomádico, funcionando fixo, mas em diferentes localidades. "Ele não é móvel porque não tem handoff e a gente não divulga isso por enquanto por decisão estratégica. O assinante é que percebe que a rede está liberada multicélula", declara. A infraestrutura da companhia consiste em 210 sites instalados ligados por um backhaul de 2,5 mil km de fibra ligando as antenas.

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