Diante de 12 processos na Justiça questionando a necessidade de contratação de provedores de acesso para banda larga e mais de 70 projetos sobre regulação da internet tramitando na Câmara ou no Senado, o presidente da Abranet, Eduardo Parajo, fez nesta terça-feira, 6, em São Paulo um apelo para seus associados: ?Se não gritarmos vão nos exterminar. Temos que nos descobrir, temos que nos mostrar?, afirma. Segundo ele o Ministério Público Federal entende que os provedores ?não fazem nada? e que os excluindo do processo haverá uma redução do custo para o usuário final. ?Existe um custo para a autenticação. A tele certamente vai repassar esse custo para o usuário final?. O Ministério Público moveu uma ação na Justiça de Bauru contra a obrigação de contratação de provedores para os clientes do Speedy, da Telefônica. A sentença do juiz foi que a Telefônica pode vender o serviço com o provedor de acesso e também sem o provedor.
O presidente da Abrappit, Ricardo Sanchez, considera que a decisão foi um desserviço para o povo brasileiro, na medida em que confunde, segundo ele, serviço de telecomunicações com prestação de serviço de valor agregado.
O encontro aconteceu durante o evento IP Communications e teve a participação de todas as associações que representam os provedores: Abranet, Abramulti, Abrappit, Global Info e Internetsul. De maneira geral, o tom das apresentações dos presidentes dessas associações foi justamente sobre a necessidade de união do setor. Manoel Sobrinho, da Abramulti, afirmou que a associação conseguiu identificar 1.761 provedores, mas segundo ele, esse número pode chegar a 2 mil empresas.
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