Em painel nesta sexta, 5, durante o Congresso Latino-Americano de Satélites, realizado pela Converge Comunicações no Rio de Janeiro, a presidente da Hispasat, Elena Pisonero Ruiz, classificou o mercado brasileiro como o mais atrativo do mundo não apenas em banda larga, mas também em TV por assinatura. "Estamos vivendo um momento muito atrativo no Brasil. A demanda é muito grande e a ambição do governo brasileiro também é. São necessários investimentos muito grandes, há o risco de excesso de capacidade (satelital) e os operadores só conseguirão fazer esses investimentos de maneira rentável se houver uma certa consolidação para se conseguir equilíbrio", alerta.
A consolidação que deve acontecer, na verdade, é um movimento global. "É um processo de consolidação mundial, entre operadoras de segundo nível, que têm entre 7 e 10 satélites em suas frotas", explica Elena, que coloca a Hispasat na condição de compradora. "Trabalhamos com três opções para crescer no mercado: comprando uma outra empresa, fazendo cooperação com outra operadora para a construção de satélite ou ainda parcerias comerciais, como a que fizemos com a Intelsat, de compartilhamento de posição orbital e capacidade para atender a Copa do Mundo", detalha.
Banda Ka
Elena se disse impressionada com o interesse da América Latina para acesso à Internet via satélite utilizando a banda Ka. "No nosso caso, Chile e Peru estão se desenvolvendo muito rapidamente. Já são 3 mil pontos desde janeiro. E o mesmo acontece no Brasil, já são mais de 2 mil acessos, majoritariamente, cerca de 70%, para o consumidor final", revela. O primeiro satélite com banda Ka da Hispasat é o Amazonas 3, e todo o payload com a tecnologia para acesso banda larga foi arrematado pela Media Networks, que por sua vez deixou a comercialização dos serviços a cargo da Via Sat Brasil.
