A Algar Telecom, operadora de telecomunicações do triângulo mineiro, disse durante a ABTA 2014, que acontece esta semana em São Paulo, que a pirataria, ou furto de sinais, é hoje um dos principais desafios enfrentados pela empresa.
Para Rodrigo Schuch, diretor de mercados residenciais da operadora, o problema é especialmente grave no interior, onde estão as maiores oportunidades de expansão pelo fato de o mercado ser menos atendido. "O pior é que a pirataria está mais avançada que a gente. São impressionantes os aplicativos, a tecnologia que eles usam. Uma área classe A de Uberlândia, onde o cliente comprava um pacote completo de TV por assinatura e uma banda larga de 20 Mbps, agora tem Sky Box ligado via Ethernet. Eles já ligam na nossa própria banda larga para fazer atualizações, e ainda reclamam quando a banda cai", disse ele, ressaltando que a pirataria não precisa cumprir nenhuma obrigação regulatória ou pagar impostos.
"E tem a pirataria branca, cada vez mais descarada, com uma operadora colocando cinco, seis, oito pontos espalhados entre amigos", disse ele, em referência aos pacotes ofertados pela Sky que incluem uma grande quantidade de pontos extras e são desvirtuados, supostamente por instaladores que fazem a instalação em endereços diferentes com o compatilhamento de uma só assinatura. Foi a primeira vez que uma operadora de maior porte reclamou publicamente dessa suposta prática da Sky, normalmente criticada por operadores pequenos.
Para Daniel Barros, diretor de operações da Net Serviços, a pirataria não é uma novidade e o que tem feito a maior diferença tem sido a oferta de serviços e produtos que o pirata não tem como atender, como VOD e conteúdos everywhere.
