Para IBGE, serviço móvel deve ocupar mais espaço

Os dados de 2007 ainda estão sendo coletados, mas a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) realizada pelo IBGE em 2006 já apontava o potencial de crescimento da telefonia celular por região. O instituto entrevistou 410,2 mil pessoas em 145,5 mil domicílios. A pesquisa ? apresentada nesta quarta-feira no Acel Expo Fórum, promovido pela TELETIME – indica que dos 54,6 milhões de domicílios brasileiros, 34,7 milhões tinham telefone celular na época, ou 63% dos domicílios, com um crescimento de 10% ante 2005. A pesquisa relacionou os domicílios à posse do telefone celular, computador, telefone fixo e computador com acesso à internet. Para Maria Lúcia Vieira, gerente da PNAD, do IBGE, o mais provável é que todas estas tendências se confirmem na PNAD 2007, cujos dados ainda estão sendo coletados e serão divulgados em setembro.
A telefonia fixa estava presente em 25,5 milhões de domicílios (46,8%) e não apresentou crescimento comparado com os dados de 2005. A rede fixa teve queda de acessos nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste, com exceção da Sudeste, onde cresceu 2,1%. A telefonia móvel teve crescimento em todas as regiões, com destaque para a Norte, onde o aumento foi de 17%. Também houve aumento de 15% no Nordeste, 9,1% no Sudeste, 7% na região Sul e 8,5% no Centro-Oeste. Já a telefonia fixa caiu 4,6% na região Norte, 0,6% na Nordeste, 3,4% na Sul e 5,1% na Centro-Oeste.
O percentual de domicílios apenas com telefone celular é de 27,8%, com um crescimento de 23,6% comparado a 2005. Mas o percentual de assinantes apenas de telefonia fixa caiu de 12,5% em 2005 para 11%. Já aqueles que têm telefone celular e fixo eram 64,2% em 2006 ante 59,9% em 2005.

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O estudo apontou também que com bade na PNAD 2006, dos 54,6 milhões de domicílios brasileiros, 12 milhões têm computador e 9,2 milhões, ou 73,6%, tinham acesso à internet, com crescimento de 26,9% ante 2005. A renda média per capita dos domicílios com computador é acima de cinco salários mínimos ante meio a um salário mínimo em domicílios sem computador.

Inclusão social

O superintendente de serviços privados da Anatel, Jarbas Valente, estima que hoje existam 9,9 milhões de acessos à internet no País (entre discado e banda larga). Com o potencial de crescimento dos usuários servidos apenas pela telefonia celular (eram 27,8% em 2006) é possível prever um papel importante na inclusão social da população.
?Mundialmente, 40% da receita das operadoras móveis vêm da banda larga e 60% de voz. Isto, em breve, pode se repetir no Brasil?, diz Valente. Ele opina que a atuação de quatro operadoras móveis por região com terceira geração trará mais competição e tarifas mais acessíveis. "Na Europa, 19% dos acessos de banda larga móvel já representam 45% da receita das operadoras?, afirmou Valente. A meta é que as novas aplicações, como o banco móvel, trarão mais receita para as teles, viabilizando serviços para usuários de menor renda. ?A banda larga móvel vai começar com preços flat, mas tende a baixar com a concorrência?, diz Valente. Ele também afirmou que a Anatel estuda propor o uso do Fistel para acelerar a difusão do serviço de banda larga entre os assinantes pré-pagos, e que está em estudo um plano de numeração específico para telefonia celular em áreas rurais, que teria uma tarifa mais alta de TU-RL, como forma de incentivar a expansão do serviço móvel no campo.

Baixa renda importante

O segmento de assinantes de baixa renda é importante para a Oi. Gustavo Amaral, diretor da operadora, diz que a empresa tem vários pacotes para as faixas C, D e E. Entre as iniciativas está o aumento do crédito que o usuário do pré-pago tem direito por minuto dentro da rede da Oi. "Tivemos um aumento significativo de tráfego tanto fixo quanto móvel com a iniciativa", diz Amaral.
A Oi também investe em novos serviços, a exemplo do Oi Paggo, carteira eletrônica que conta com mais de um milhão de usuários cadastrados. O volume de transações ainda é baixo, mas o potencial de crescimento é muito grande entre a população que não tem conta em banco. Amaral destaca que o segmento financeiro é uma grande oportunidade para a operadora ganhar escala em novos serviços e aumentar sua receita no segmento pré-pago.

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