4G será responsável por 30% do tráfego total em redes móveis no Brasil em 2018

O Brasil terá maior participação da tecnologia 4G em 2018, prevê a pesquisa Visual Networking Index (VNI) Global Mobile Data Traffic Forecast divulgada nesta quarta, 5. Entretanto, mesmo com o avanço do tráfego nas redes móveis, a grande maioria dos acessos continuará sendo feita por meio de Wi-Fi no País.

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Segundo a Cisco, o 4G foi responsável por 2% do tráfego de dados móveis em 2013, percentual que crescerá para 35% em 2018. Isso significa um crescimento de 158 vezes, ou CAGR (crescimento médio anual composto) de 175% no período de cinco anos. No mesmo período, o tráfego em smartphones 4G será responsável por 30% do total consumido por smartphones. Atualmente, essa proporção é de 1,6%.

De acordo com a empresa, as conexões 4G foram 0,2% do total da base de acessos móveis em 2013, e 2,5% do total de tráfego de dados móveis. Vale lembrar que a Anatel divulgou recentemente balanço de informações (fornecidas pelas próprias operadoras e referentes a dezembro de 2013) no qual diz que o LTE é atualmente responsável por 0,48% do total da base móvel do Brasil.

Em geral, a qualidade da conexão melhorou em relação ao ano passado, segundo a empresa, chegando a uma velocidade média de 657 kbps no ano passado. A previsão da Cisco é que o usuário brasileiro consiga obter em média 2,468 Mbps para o 3G (crescimento de 2,2 vezes ou 17% CAGR) e 6,823 Mbps para o 4G em 2018. A velocidade 3G em 2013 era de 1,15 Mbps, enquanto a de 4G era de 4,26 Mbps. O obsoleto 2G, mesmo com EDGE, terá velocidade média de 85 kbps, contra 64 kbps em 2013 (crescimento de 1,3 vez e 6% CAGR). Já a conexão Wi-Fi teve velocidade de 6,55 Mbps no final do ano passado, crescimento de 23% em relação a 2012. Para 2018, a previsão é que cresça o dobro e chegue a 14,2 Mbps.

Escoamento

A Cisco explica que, se não houvesse offload para redes Wi-Fi (por parte das operadoras), o tráfego móvel no Brasil cresceria a um CAGR de 67%. O estudo aponta que 29% do tráfego foi escoado por Wi-Fi para redes fixas em 2013, percentual que crescerá para 38% em 2018, ainda mais considerando que o offload será feito também por small cells.

Em 2018, 37% do tráfego do 4G será escoado para as redes alternativas, contra 31% no final do ano passado. Já com o 3G, haverá 39% de offload, contra 28% no ano passado. O 2G terá 40%, contra 32% atualmente. Apesar de cair dois pontos percentuais em relação a 2013, o offload será maior em tablets (53%) em 2018 do que em smartphones (42%, contra 39% no final do ano passado).

De todo o tráfego associado a dispositivos móveis e portáteis, 96% foi por meio de Wi-Fi e 4% em redes móveis em 2013. Desses acessos Wi-Fi, 1,7% foi por conta de offload (que funciona mais para aliviar as redes de celular e tem gerenciamento feito pela própria operadora). Em 2018, haverá ainda uma dominância de acessos Wi-Fi (81%, sendo que 12% disso por conta do offload), mas o tráfego de redes móveis crescerá para 19%.

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