Highline não leva espectro, mas segue com planos de oferecer infraestrutura a vencedores

Foto: ArtisticOperations/Pixabay

Uma das surpresas do leilão de 5G até aqui foi o fato de a Highline, que tem o fundo DigitalBridge por trás, não ter levado nenhum dos lotes que disputou e sequer ter entrado na briga pelo lote nacional na faixa de 3,5 GHz. A empresa há vários meses vinha se mostrando disposta a participar do leilão com agressividade, e propunha um inédito modelo de rede neutra móvel. Segundo Paulo Martins, diretor de assuntos institucionais e estratégicos da empresa, o grupo realizou um "profundo estudo de todos os aspectos do edital, em especial às questões relacionadas as obrigações mínimas e aquelas relacionadas ao ágio". Segundo o executivo, o plano da empresa sempre foi, e continua sendo, o de disponibilizar infraestrutura neutra, de alta qualidade a todas as operadoras de maneira democrática e isonômica". Mas ao que tudo indica, preferem fazer isso sem ter que assumir as obrigações do edital. "Isso traria um custo adicional ao que pretendemos oferecer a nossos clientes.

"Sabemos que o mercado móvel no Brasil possui situações e condições altamente desafiantes, não poderíamos propor ao mercado um novo formato de operação se ele não fosse eficiente e com um custo compatível e razoável para que um novo operador tivesse viabilidade de adentrar no mercado", diz Martins. A disputa pelos lotes de espectro representaria para a empresa um custo adicional para a montagem desta rede neutra, porque traz consigo a obrigação de cobertura e a responsabilidade regulatória junto à Anatel, explicou o executivo a este noticiário. "Nunca foi nossa proposta concorrer com nossos clientes. Nosso negócio principal é implementar infraestrutura, investir capital, auxiliar nossos clientes a crescer otimizando o uso do seu capital", diz ele.

A estratégia da Highline a partir de agora deve ser a de prestadora de serviço aos vencedores do leilão. "Vamos procurar os vencedores de todos os lotes e procurar trabalhar com eles, disponibilizar a infraestrutura de nossas 5.000 torres em todo Brasil, nossa capacidade para investir em elementos ativos e as tantas soluções que desenvolvemos em conjunto com os principais fornecedores de tecnologia do setor".

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A Highline chegou a ser cotada para entrar como quarto entrante nacional na faixa de 3,5 GHz, mas sequer apresentou proposta para esse lote. A empresa apresentou proposta para o lote A1, que representava 20 MHz na faixa de 700 MHz nacionalmente, mas ficou longe da oferta da Winity/Pátria e não entrou em disputa. Sem a faixa de 700 MHz, a empresa não mostrou agressividade nas faixas regionais de 3,5 GHz. Ela disputou o Estado de São Paulo/Região Norte e o Sudeste, mas não quis cobrir a oferta dos adversários e ficou de fora.

1 COMENTÁRIO

  1. Essa Highline foi a pior mentira que seus próprios executivos venderam ao mercado. Primeiro, comprou as torres da Oi já se preparando para entrar no mercado. Depois, tentou comprar a própria Oi e, naquele momento, já mostrou fraqueza por não cobrir a oferta das outras três. Aí, ficou alardeando que seria agressiva no leilão e até pediu pra mudarem as regras. Amarelou na hora H. Não foi nadinha agressiva… não aumentaram os lances sequer 1 vez. Perdeu 3 vezes seguidas. É marketing puro. E ainda acreditam nisso? Vendam as torres para a Winity e parem de blá blá blá.

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