Xiaomi estaria perto de chegar ao Brasil

Em abril, a fabricante chinesa de smartphones Xiaomi já havia anunciado planos para lançar seus produtos em mercados emergentes como Índia, Indonésia e Brasil, mas entraves regulatórios teriam impedido a execução nos dois últimos países até o momento. No entanto, o perfil da empresa no Twitter deu uma dica nesta segunda, 4, ao citar o próximo lugar onde a companhia pretende se instalar: o mercado brasileiro.

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"Onde no mundo vocês acham que deveríamos ir em seguida? Dica número 1: o lugar é bem conhecido por seus grãos de café!", diz o tweet do perfil oficial da empresa. Não é de se estranhar que o Brasil seja realmente o próximo passo: em agosto de 2013, o ex-vice-presidente da área de gerenciamento de produtos do Android no Google, Hugo Barra, assumiu o posto de vice-presidente da Xiaomi. Desde que ingressou na fabricante chinesa, o brasileiro deixou bastante claro que o objetivo era torná-la uma multinacional, e que esperava expandir os negócios de olho nas oportunidades de outros mercados emergentes.

Em entrevista ao norte-americano The Wall Street Journal, em julho, Barra confirmou que, apesar das dificuldades regulatórias, que poderiam durar meses, a Xiaomi continuava com planos de chegar ao Brasil. "Sem dúvida, Índia e provavelmente o Brasil vão virar os nossos maiores focos de mercado depois da China", disse ele ao periódico.

Por todos esses indícios, se a expansão da Xiaomi não for para o Brasil, a outra opção, considerando a dica fornecida pela empresa, seria a Colômbia, também famosa pelos seus grãos de café e cujo mercado interno de telefonia celular vem crescendo a passos largos nos últimos anos.

Crescimento

Enquanto isso, a Xiaomi segue crescendo no mercado chinês. A empresa (o nome significa "pequeno arroz" em chinês) teria superado a Samsung em abastecimento do mercado local de smartphones neste segundo trimestre, segundo a companhia de pesquisas Canalys. A Xiaomi estaria com 14% do mercado na China, seguida de Samsung, Lenovo e Yolong empatadas com 12%, e a Huawei, com 11%. O crescimento foi rápido: nos três primeiros meses do ano, a Xiaomi contava com 10,7%. 

O modelo de negócios da fabricante é baseado em smartphones high-end que, mesmo com configurações rivais às das maiores do setor, como Samsung e Apple, são vendidos a preço quase de atacado. O preço médio dos aparelhos, segundo o The Wall Street Journal, é de US$ 100, enquanto os modelos Galaxy e iPhone não saem por menos de US$ 500 na China.

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