Para Cisco, transição para IA ocorre em velocidade sem precedentes

Debate sobre o papel da IA na estratégia da Cisco e parceiros, durante o Cisco Live 2024

Há alguns anos os eventos de tecnologia só falam de Inteligência Artificial, mas a Cisco resolveu levar a um outro nível essa tendência em seu principal encontro anual de parceiros e desenvolvedores, o Cisco Live, que acontece esta semana em Las Vegas.

Praticamente todas as sessões e lançamentos têm relação com IA. A expressão é pervasiva em todos os aspectos da estratégia da empresa. Mas o papel que a Cisco atribui a si mesma no contexto do desenvolvimento das principais plataformas de Inteligência Artificial Generativa é diferente do que buscam OpenAI, Microsoft ou Google. O foco da Cisco é integrar IA aos serviços de rede fornecidos pela empresa.

Neste sentido, o foco dos lançamentos durante o evento tem sido nesta linha. Com a NVIDIA, foi anunciada uma plataforma de gestão de datacenters baseada em IA, a HyperFabric. Com a Microsoft, também o anúncio recente de parceria para a área de videoconferência. Com o Google, o anúncio do evento foi a integração de uma versão segura do Chrome nos ambientes operados em cima de plataformas Cisco.

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Movimento sem precedentes

"Quando começamos a falar em cloud, todos os CEOs com quem eu falava estavam preocupados que precisavam ir para a nuvem, mas sem ter muita ideia do que fazer. Com Inteligência Artificial será isso, com esteróides. O desafio é muito maior. Nosso papel é ajudar os parceiros a navegar nesse novo ambiente", disse Chuck Robbins, CEO da Cisco, na abertura do Cisco Live.

O problema que a Cisco pretende ajudar o mercado a resolver é como trazer IA para as atividades do dia a dia. Para a companhia, a tecnologia será parte de tudo: da arquitetura, do gerenciamento das redes, parte das ferramentas de detecção, mitigação e proteção relacionados às questões de segurança, parte da análise de dados…

"No nosso ponto de vista, IA estará em todos os pontos. Mas o que a gente pode resolver com IA que hoje não conseguimos?", questiona Jeetu Patel, EVP e General Manager de segurança e colaboração da Cisco. A resposta, diz, está nos dados. "A Inteligência Artificial finalmente nos fará entender melhor os dados que temos sobre os inúmeros eventos de segurança que monitoramos todos os dias", diz.

Para Chuck Robbins, o que está acontecendo hoje não tem precedente em nenhum outro ciclo tecnológico. "Por quanto tempo falamos de 5G antes da tecnologia acontecer? Mesmo nuvem, por quanto tempo discutimos isso? Com IA, começamos a falar e as aplicações já estão acontecendo", diz ele.

"AI é um assistente, uma ferramenta que potencializa quem já está na frente, quem tem os dados", completou Robbins. (O jornalista viajou a convite da Cisco)

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