Pouca gente no Brasil já ouviu falar no software i-nigma, mas isso pode mudar este ano. O i-nigma é um aplicativo para celular cuja função é ler QR Codes através das câmeras dos telefones. O QR Code é um código 2D que, quando capturado por uma câmera de celular através de um software apropriado, leva o usuário para um site na internet. Os QR Codes são bem conhecidos na Ásia, onde são usados em anúncios impressos e em embalagens de produtos. O i-nigma foi desenvolvido no Japão e é hoje um dos softwares de QR Code mais populares no mundo, com 60 milhões de usuários.
No Brasil, onde é distribuído com exclusividade pela Trevisan Tecnologia, o i-nigma está instalado em aproximadamente 20 mil celulares. A previsão, contudo, é alcançar 500 mil usuários no País até o fim do ano, afirma o diretor comercial da Trevisan, Vinícius Vasconcelos. A aposta é de que o mercado editorial e os grandes anunciantes vão finalmente descobrir os QR codes este ano. Algumas experiências já foram realizadas por aqui. Uma das mais conhecidas foi a da Claro em um anúncio de Natal em dezembro passado, onde havia um QR Code impresso e também a informação de um número de SMS para o usuário baixar o i-nigma de graça. No mercado editorial, o jornal baiano "A Tarde" e a revista "Viagem e Turismo", da Editora Abril, já utilizam QR Codes. E em fevereiro foi a vez da Citroën usar essa solução em um anúncio publicado em revistas semanais.
O i-nigma é fornecido gratuitamente para os consumidores finais. A receita da Trevisan vem dos relatórios que ela pode oferecer aos anunciantes. Toda vez que o usuário utiliza o i-nigma para ler um QR Code, o aplicativo envia essa informação para um servidor ligado ao software. Em um banco de dados são guardadas as informações sobre o histórico de acessos de cada usuário e de cada QR Code. Com esses dados é possível elaborar relatórios sobre cada campanha e vender para os anunciantes. "Esse é o diferencial do i-nigma frente a outros leitores de QR codes", explica Vasconcelos. A Trevisan trabalha com duas formas de cobrança pelo serviço de elaboração dos relatórios: ou cobra um preço fixo por campanha ou cobra de acordo com a quantidade de cliques.
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