UIT destaca crescimento da telefonia móvel

A convergência entre diversas tecnologias e o intenso crescimento das telecomunicões nas região das Américas foi o destaque na conferência de abertura do Forum Americas 2005, promovido pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), que se realiza em Salvador até quinta-feira, 6.
Segundo Roberto Blois, vice secretário-geral da UIT, o setor passou por mudancas consideráveis, com o fim dos antigos monopólios. "No final do ano passado, quase três quartos das operadoras em atividade em todo o continente foram total ou parcialmente privatizadas, enquanto, paralelamente, metade das nações do mundo dispunha de mercados competitivos na área de telefonia fixa", afirma Blois.
Um estudo da UIT referente ao ano passado destaca o crescimento da telefonia móvel nas Américas "Em apenas cinco anos, o número de usuários de telefones celulares praticamente triplicou, passando de 128 milhões em 1999 para 374 milhões no final de 2004. No Brasil, este mercado cresceu em média 34% ao ano, tornando-se o 2° maior mercado de celulares do continente em termos de números de usuários e o 6° maior do mundo", afirma Blois. Ele aponta a utilização de cartões pré-pagos como determinantes para ampliar o acesso à telefonia móvel para populações com menos recursos financeiros.

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Contrastes na AL

A região da América Latina, no entanto, apresenta ainda muitos contrastes. O estudo aponta, por exemplo, que na Bolívia, apenas 7% da população dispõe de telefone fixo e na Nicarágua menos de 3% tem acesso à internet. Em Honduras, só uma de cada dez pessoas tem telefone celular. Isso comparado, por exemplo, à América do Norte, onde a teledensidade média flutua em torno de 60% e quase dois terços da população têm acesso regular aos serviços on-line. Segundo Blois, as reuniões de cúpula da UIT vêm discutindo, em Genebra, a criação de um fundo para o financiamento do setor em países em desenvolvimento. A próxima reunião será em Túnis, em novembro.
O estudo da UTI referente às telecomunicações no ano passado destaca uma queda no número de linhas fixas em operação. Em 2004 havia 298 milhões de linhas fixas nas Américas. A maior rede é a dos Estados Unidos, com 180 milhões; o Brasil conta com 42 milhões; e o Canadá, 20 milhões. Esses países representam 81% de todas as linhas fixas em operação na região durante 2004, com 33,9 linhas por 100 habitantes. Nota-se, segundo o estudo, um pequeno declínio das linhas fixas em operação durante o período 2003-2004, mostrando a penetração da telefonia móvel nesse mercado. Em 2004, nas Américas, 55,7% das assinaturas referiam-se a telefones celulares.

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