À medida que as pessoas passam a interagir mais horas com uma variedade de telas e se acostumam a utilizar aplicações em nuvem, sem preocupação com atualização de softwares ou sincronização de conteúdos, toma cada vez mais forma um cenário propício para o desenvolvimento da Internet das coisas (IoT, na sigla em inglês). Esta é uma das conclusões do estudo "Interatividade além da tela", lançado em junho pelo Ericsson Consumer Lab. "Agora que estamos nos acostumando a explorar serviços em nuvem enquanto os utilizamos, aumenta a expectativa de sermos capazes de fazer o mesmo com os objetos físicos que nos cercam", diz o estudo.
Com base em entrevistas com 7,5 mil usuários de smartphones Android e iOS das cidades de Tóquio, Pequim, Londres, Nova York e São Paulo, a Ericsson estimou que há a expectativa por parte dos consumidores de que a disponibilidade de aplicativos para atividades do dia-a-dia, como compras em lojas, restaurantes, comunicação com serviços públicos aumente 50% nos próximos três anos, associando apps a sensores instalados em todas as coisas, de equipamentos de saúde a transporte público. Cerca de 66% desses usuários, por exemplo, acreditam ainda que nos próximos três anos, portas e portões nos locais de trabalho serão capazes de identificar o funcionário e se abrir automaticamente.
Outra aplicação seria o uso de sensores para medir o consumo de comida e medicamentos com apps para cuidar de crianças e idosos, com atualização das informações em tempo real. 38% dos entrevistados, notadamente jovens casais e pais, mostraram interesse nesse tipo de aplicação.
Finalmente, quando questionados sobre carros conectados com funções de direção e estacionamento autônomos, 47% dos usuários de smartphone entrevistados gostariam de ter um carro que os permitisse deixar o veículo enquanto ele estaciona sozinho, enquanto 43% disseram que usariam o veiculo diariamente.