3G Américas vê espaço para crescer, mas descarta Arpu maior

A 3G Américas – associação que representa a tecnologia GSM – acredita que a penetração do serviço móvel no Brasil pode crescer um pouco, mas descarta qualquer avanço na receita média por usuário. Pelo contrário, a crise econômica, na avaliação de Erasmo Rojas, diretor para América Latina e Caribe da associação, deverá impactar negativamente no gasto dos usuários móveis com o serviço de telefonia. "O consumo pode diminuir um pouco. As pessoas podem querer falar somente o necessário. O grande desejo das operadoras é que o Arpu não diminua tanto. Talvez só US$ 1 ou US$ 2", diz ele. O Arpu médio na América Latina é de US$ 16, enquanto que no Brasil é de US$ 17 e nos EUA, por exemplo, US$ 50.
Como alternativa para tentar elevar as receiats, o executivo acredita que as empresa vão incentivar os assinantes a consumirem mais serviços de dados, o que também ajuda a rentabilizar o investimento que elas fizeram nas redes de terceira geração. "Em outros países, os assinantes falam mais minutos por menos dinheiro. No Brasil, as operadoras não podem tirar menos dinheiro dos assinantes, por isso devem incentivar o consumo de dados", afirma ele.
Como prova de que a contribuição dos serviços de dados tem grande espaço para crescer nas receitas das operadoras, Rojas cita alguns exemplos na região: Enquanto no Brasil apenas 14% do Arpu médio é oriundo de serviços de dados, na Venezuela é 31%; na Argentina 27%; no México 17%, no Equador 16% e no Chile, 11%. A taxa média da América Latina também é a mesma da brasileira: 14%. "Esse ano vai começar uma grande campanha no Brasil para que as pessoas se comuniquem mais pelo SMS e pelo push mail", afirma Rojas.

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Com relação à penetração do serviço na população Rojas afirma que o Brasil – que tem 75% de penetração – já pode ser considerado um mercado maduro. A penetração média do serviço na América Latina é de 78%. "O Brasil ainda pode crescer uns 3 ou 4 pontos pecentuais para estar dentro do nível da América Latina", afirma.
Espectro
A 3G Americas volta a insistir que este ano é o momento para discutir a questão do espectro para a evolução da terceira geração, assim como a Anatel está fazendo com a faixa de 2,5 GHz. Rojas defende que os órgãos reguladores de todos os países latinoamericanos devem se preocupar em olhar a alocação global das tecnologias. "O espectro que vai atender a maior escala de produção é onde está os terminais de mais baixo custo", afirma.
Nos EUA, segundo ele, as faixas de 700 MHz (que está sendo abandonada pela transmissão analógica de TV) de 1,7 GHz /2,1 GHz e 2,5 GHz são as "prováveis candidatas" para o LTE. "A implantação do LTE no Brasil deve demorar ainda um ano ou dois. Enquanto isso, precisamos definir em qual faixa de freqüência a tecnologia vai funcionar", diz ele.

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