Segundo a edição de 2019 da Global Mobile Consumer Brasil, conduzida pela consultoria Deloitte, cerca de 69% dos brasileiros aceitariam pagar mais pelo serviço 5G caso este ofereça velocidades dez vezes maiores que as atuais da banda larga móvel. Ainda assim, não é grande o acréscimo com o qual o consumidor está disposto a arcar.
Para os resultados, a Deloitte entrevistou (por meio de questionários eletrônicos) 2 mil pessoas entre 18 e 55 anos. Mais de um terço delas (36%) sinalizou que toparia pagar até 10% a mais pelo 5G, com apenas 6% aceitando um aumento de 50% ou mais. Já 24% afirmaram não estar dispostos a ampliar o gasto.
Ao mesmo tempo, 45% dos entrevistados pretendem migrar para o 5G assim que o novo padrão estiver disponível no Brasil. O interesse foi maior que a média nacional no Centro-Oeste (51%), no Norte (47%) e no Nordeste (46%). No geral, 23% da base brasileira afirmou que tomaria a decisão caso ouvisse comentários positivos sobre o padrão; para outros 20%, a troca ocorreria com o tempo.
Segundo a Deloitte, o mercado já demonstrou interesse em adotar o 5G. "Contudo, ainda é preciso explorar junto ao consumidor os benefícios dessa nova rede, que vão muito além da velocidade. Também é preciso avaliar o impacto dos custos de implementação desta tecnologia sobre o preço ao consumidor", afirmou a consultoria.
A pesquisa também abordou a presença de alguns serviços inovadores no mercado doméstico. No segmento residencial, 11% declararam já possuir sistemas de vigilância conectados, 9%, aparelhos domésticos inteligentes e 6%, sistemas de iluminação inteligente. Já na vertical móvel, 11% possuíam smartwatches e 9%, sistemas de carro conectado.
Relação com operadoras
Outro aspecto abordado pela Global Mobile Consumer Brasil foram as razões que levam clientes a entrar em contato com as operadoras móveis. Pelo telefone, informações sobre contas e tarifas (21%) e reclamações (19%) foram as principais causas que geraram ligações no mês anterior à pesquisa.
Em apps e sites, os pedidos de informações foram 22%, seguidos por solicitações de ajuda técnica (16%). Já 22% das pessoas que procuraram lojas físicas estavam interessadas em aparelhos, enquanto 20% queriam informações.