Enquanto os usuários de telefone móvel ainda estão se familiarizando com vantagens, tarifas e dificuldades do roaming de voz internacional na tecnologia CDMA, as operadoras avançam para negociar acordos de roaming de dados dentro e fora de cada país. É uma facilidade para o assinante em viagem ao exterior, por exemplo, poder acessar a internet, por meio de seu provedor, e todos os serviços que tinha à disposição em sua rede. Este é maior desafio para as operadoras, porque a solução tecnológica e os acordos entre as carriers são complicados, diz Celedonio fon Wuthenau, diretor executivo para o CDG na América Latina, uma associação internacional que promove a tecnologia CDMA. Até agora, os acordos realizados se concentram entre operadoras da Coréia do Sul, Japão e China, mas pontuam também entre América do Norte e Ásia.
Não existem acordos ainda entre as operadoras do Brasil e as de outros países para o roaming de dados, e o estabelecimento de custos dependerá das teles. Em voz já é considerado alto pelos usuários em viagem, fato que Wuthenau atribui às tarifas fixadas pelas operadoras e à bitributação do serviço telefônico. Uma eventual redução dependeria de acordos comerciais entre governos, pois pela convenção atual nenhum país abre mão de seus impostos, explica o diretor.
Os custos do roaming de voz são tema recorrente nas reuniões das operadoras que integram o CDG, entre elas a Vivo. Consta também na agenda do Fórum de Roaming em CDMA para as Américas que acontecerá no próximo dia 26, no hotel Sofitel, no Rio de Janeiro. O encontro faz parte do Latin America Regional Conference, evento promovido pelo CDG e que prosseguirá até o dia 28. O padrão CDMA conta com 200 milhões de assinantes no mundo – são 32 milhões na América Latina e Caribe -, dos quais 86 milhões com terceira geração.
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