O otimismo, contudo, modera-se quando se aprofunda a discussão sobre o impasse entre Telecom Italia e Opportunity. Como observa Eduardo Hajime, não se pode negar que com a universalização as operadoras estão chegando ao topo da curva de rentabilidade em seus investimentos, ao incorporarem cada vez mais clientes de baixo poder aquisitivo e sofrerem aumentos sucessivos da inadimplência em suas bases. Ainda, para a Telecom Italia continua a ser vital deter o controle de uma grande empresa de telefonia fixa como a BrT (hoje gerida pelo Opportunity) e operá-la em sinergia com operações móveis, a exemplo do que estão para fazer as futuras concorrentes Telemar e Telefônica. O Opportunity por sua vez, demonstra que não pretende abrir mão do controle de seus negócios de telecomunicações tão cedo. Em face da ausência de investimentos alternativos mais rentáveis atualmente é mais interessante para o gestor de fundos manter suas participações nesta área e valorizá-las. Vê-se portanto que a briga não deve ser resolvida apenas com boas intenções.