A Anatel anunciou nesta terça, 29, os reajustes anuais da telefonia fixa. Para um IGP-DI de 7,97% no período, após a aplicação dos índices de produtividade (diferentes para cada modalidade do serviço) e negociação com as concessionárias, foram aprovados reajustes médios de 6,89% para as tarifas do serviço local e 3,2% para as tarifas da modalidade de longa distância nacional. Para as tarifas relativas à modalidade de longa distância internacional houve uma redução de 8,2%. Os valores da ficha (ou crédito) para telefone público, do pulso e da assinatura básica tiveram um reajuste médio de 7,43%. Para compensar (mantendo o valor médio da cesta) o valor da habilitação terá uma queda média de 20%. As tarifas de interconexão foram alteradas de forma diferente: a TU-RL (Tarifa de Uso da Rede Local) deverá ter uma redução de 10,47%, e a TU-RIU (Tarifa de Uso da Rede Interurbana) terá um acréscimo de 3,2%.
Negociação
Na opinião do presidente da Anatel, Pedro Jaime Ziller, a negociação deste ano foi muito positiva, uma vez que se conseguiu evitar que as empresas aplicassem os 9% especificamente sobre o valor da assinatura agravando ainda mais a situação de inadimplência dos usuários de baixa renda. Segundo o presidente da Anatel, além desta dificuldade de pagamento, o aumento da competição levou as empresas a aceitarem índices mais modestos. Segundo projeções da agência, o impacto inflacionário deste reajuste deverá ficar abaixo de 0,2 pontos percentuais. Segundo o superintendente de Serviços Públicos da Agência, Marcos Bafutto, os valores atualmente praticados na LDN e na LDI (com as diversas promoções realizadas pelas empresas) está pouco abaixo do reajuste permitido pela Anatel. Bafutto lembrou que o processo de negociação foi feito estritamente dentro dos limites permitidos pelo contrato de concessão. As novas tarifas entram em vigor na próxima sexta, dia 2 de julho, após comunicação formal das empresas aos usuários.