Interatividade deve ser obrigatória em receptores nacionais

O ambiente interativo pode ser obrigatório nos receptores de TV digital, sejam eles set-top boxes ou televisores com recepção embutida. Em conversa com jornalistas durante o Futurecom nesta quinta, 28, Roberto Pinto Martins, secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, afirmou que o decreto 5.830/06, que implementa a TV digital no Brasil, tem três pilares que precisam ser respeitados. Pelo decreto, a TV digital brasileira precisa comportar transmissões e recepção SD e HD; comportar transmissão/recepção móvel e portátil; e ter interatividade. "Os equipamentos vendidos no Brasil precisam ser compatíveis com o arcabouço legal", afirmou.
Antecipação
Roberto Pinto Martins falou ainda sobre a fabricação imediata de receptores de baixo custo. Segundo ele, os set-top boxes foram necessários na transição para TV digital nos países mais adiantados neste processo. O secretário de Comunicações propõe que se adiante este processo no Brasil, privilegiando a fatia da população que não tem acesso aos televisores com recepção embutida. Para isso, aposta nos três consórcios criados para produzir receptores de baixo custo.

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Segundo o assessor especial da Casa Civil André Barbosa, estes consórcios já estão conversando com BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal em busca de financiamento para a produção dos equipamentos. Além do financiamento, Barbosa acredita que possa haver um subsídio por parte do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. "Da mesma forma que uma operadora móvel subsidia os aparelhos, os bancos poderiam subsidiar os receptores aos clientes, que poderiam usar aplicações bancárias através dos televisores", explica. "Será necessário desenvolver aplicativos que sejam compatíveis os televisores de CRT", disse, referindo-se principalmente ao projeto gráfico dos aplicativos de interatividade. Um aplicativo desenhado para televisores de alta definição não teria uma boa visualização em televisores SD. "Não sei se a Globo ou o SBT vão se interessar em fazer isso, mas TV pública certamente, sim".
Para André Barbosa, o set-top box não se popularizou no Brasil porque os principais fabricantes de equipamentos eletrônicos, que são os que "têm acesso ao varejo", preferiram apostar nos televisores com receptor embutido. Para os equipamentos populares, Barbosa diz que haverá uma parceria com os Correios, que podem atuar tanto na campanha de divulgação quanto na distribuição de equipamentos.

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