Sky cobra engajamento de redes sociais e e-commerce contra pirataria

O combate à pirataria no Brasil e à comercialização de TV boxes pirata depende de maior engajamento de players como os sites de comércio eletrônico e as redes sociais, avalia o CEO da Sky no País, Gustavo Fonseca.

Em entrevista no centro de transmissões da empresa em Jaguariúna (SP), o executivo voltou a apontar a pirataria como "inimigo número 1" da indústria de TV paga. Fonseca lembrou que a Anatel tem reforçado seu trabalho para desconexão das caixas piratas, inclusive com lançamento de um laboratório para a atividade. Ainda assim, outras medidas seriam necessárias.

"Eu gostaria de ver a indústria de varejo eletrônico e de redes sociais se engajando nessa luta, porque hoje a gente vê a venda de dispositivos piratas nos sites mais famosos do Brasil. Isso em tese não deveria ser possível", questionou. O mesmo valeria para o marketplace de redes sociais.

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"Lutar contra a pirataria é um dever de ofício, que todo mundo deveria se engajar", completou Fonseca, destacando dificuldades do combate ao fenômeno no Brasil. "A gente vai chegar em um ponto, mais lá na frente, onde vamos ter tecnologia a nosso favor, Hoje parece um pouco desbalanceado o incentivo para quem faz pirataria e para quem combate", reconheceu o CEO.

Mesmo com as alternativas encontradas pelos piratas para contornar os bloqueios, o comando da Sky também começa a ver efeito da ofensiva da Anatel contra o conteúdo clandestino. Um reflexo viria do provedores regionais cujos clientes tiveram TV boxes piratas desconectadas pela agência. Essas operadoras estariam buscando mais a distribuição do DGO – plataforma OTT do mesmo grupo da Sky – como alternativa aos aparelhos irregulares.

"As pessoas normalizaram ter dispositivo pirata em casa, com acesso a todos os sinais. Em um cenário onde todo mundo pirateia tudo, vai parar de se produzir conteúdo no Brasil. Só vai ter produção onde a indústria é defendida, como nos Estados Unidos, então até do ponto de vista cultural é muito grave. Não é só ponto de evasão de divisas", argumentou Fonseca.

Encontro

A Sky abriu as postas de seu centro de transmissões em Jaguariúna para convidados e imprensa como parte da agenda do VI Encontro Mundial da Juventude, organizado pela Scholas Ocurrentes e pela World ORT. Cerca de 100 jovens de mais de 25 países no mundo participaram da visita, bem como de outras atividades na cidade de São Paulo. O encontro teve apoio da Sky e da Fundação Leo Werthein, vinculada aos acionistas da operadora (o Grupo Werthein, que controla a Vrio).

O jornalista viajou para Jaguariúna a convite da Vrio, controladora da Sky

2 COMENTÁRIOS

  1. Realmente a SKY e nem outra operadora entende. Eles acham se nao houvesse pirataria "todos pagariam uma fortuna para a SKY" para assistir. Nimguem mais quer ficar amarrado em contrato anual pagar uma fortuna. Pelos menos isso o Brasileiro escapou.

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