Mudanças na FCC expõem política regulatória dos EUA

O que no Brasil seria chamado de ?aparelhamento? ou ?partidarização? da Anatel, ocorre nos Estados Unidos com a anunciada renúncia de Michael Powell, atual presidente da Federal Communications Commission (FCC), que deve ser substituído pelo republicano Kevin J. Martin, marido de uma das principais assessoras do vice-presidente norte-americano, Richard Cheney. O partido de George Bush tem três dos cinco conselheiros da agência.
Não que Powell também não seja republicano. Embora indicado para o FCC pelo ex-presidente Bill Clinton em 1997, foi posto na presidência por Bush em 2000. Foi várias vezes acusado de ter permitido maior concentração de poder da grande mídia. Mas teve alguns choques com setores do partido do governo, inclusive com Martin.
Powell, na verdade, acabou contrariando alguns interesses fortes, tanto em telecomunicações quanto da radiodifusão, ao mudar radicalmente o foco da política de comunicações no País, adaptando-a às mudanças tecnológicas. A principal foi o deslocamento do eixo da competição entre as incumbents e as companhias de longa distância, para a disputa de gigantes entre as telefônicas em geral e as redes de TV a cabo no negócio combinado de voz, internet e vídeo.

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