De 2008 a 2013, a receita das operadoras móveis na América Latina cresceu em média 7% ao ano. De 2014 a 2020, porém, o crescimento médio anual do faturamento delas será de apenas 2%, prevê a GSM Association (GSMA), em estudo divulgado nesta terça-feira, 25, durante encontro da entidade em Quito, no Peru.
São vários os fatores que contribuirão para essa desaceleração. A GSMA aponta, dentre outros, a maior da intervenção do Estado sobre o setor; o aumento da competição, com a entrada de MVNOs em mercados-chave, como Brasil e México; e a diminuição das margens, que se tornarão as menores dentre as regiões em desenvolvimento.
Apesar da previsão desfavorável, as operadoras terão que aumentar seu investimento em rede para dar conta da crescente demanda por tráfego de dados na América Latina. A GSMA estima que entre 2014 e 2020 as teles móveis latino-americanas investirão US$ 193 bilhões, a maior parte em redes de quarta geração (LTE). Entre 2008 e 2013 o Capex havia somado US$ 96 bilhões. Modelos de negócios terão que ser repensados para tornar possível atender a essa necessidade de investimento apesar das margens baixas, alerta a GSMA.
A contribuição do ecossistema móvel no PIB latino-americano, por sua vez, subirá de 4,1% em 2013 para 4,5%, em 2020. O número de empregos diretos mantidos pela indústria móvel na América Latina subirá de 1 milhão para 1,3 milhão no mesmo intervalo de tempo, prevê a GSMA.
